quarta-feira, 30 de março de 2011

PURPÉRIO... MITOS E VERDADES

OS MITOS E VERDADE DO PURPÉRIO.
A etapa da vida da mamãe que começa depois do nascimento do bebê é chegada de purpério. Os nomes populares que designam esse tempo são quarentena e resguardo. É esse período que a mãe cuida de sua recuperação depois da gestação e do trabalho de parto. O purpério pode durar até oito semanas pós- parto período quando os órgãos reprodutivos, como o útero 9 que durante a gestação cresce 50 vezes o seu tamanho), voltam totalmente ao normal.
O purpério imediato  é considerado entre o primeiro e o décimo dia após o parto. Nessa fase, a mulher começa a vivenciar a volta do organismo as condições físicas antes de engravidar.
Em condições normais, o útero retorna ao seu tamanho prévio em aproximadamente quatro semanas após o parto. A amamentação é fundamental para a regressão, pois uma substancia chamada de ocitocina, que, alem de ser responsável pela ejeção do leite, atua contraindoo útero, reduzindo seu tamanho e o sangramento pós- parto. Essa é a razão das cólicas que a mamãe sente ao amamentar nos primeiros dias. Imediatamente após o parto, o canal vaginal esta muito dilatado, com as paredes inchadas e vermelhas. O diâmetro vaginal diminui à medida que passa os dias; o sangramento via vaginal vai aos poucos perdendo a cor vermelha e ficando mais cor-de-rosa; o sangramento vaginal não deve assustar, é normal por causa da contração do útero durante a amamentação. Caso o sangramento continue após 40 dias, deve-se consultar um obstetra.
Para uma recuperação mais rápida, é hora de a mamãe procurar descansar o Maximo que puder após os estafantes períodos de final de gestação e do cansaço do próprio trabalho de parto, mais isso é fácil com a freqüência das mamadas do bebê e seu sono instável. A mãe precisa de todo o tempo para ela, durante o purpério imediato, para poder descansar o tempo que for possível – e todo apoio é importante nessa hora, para que ela não fraqueje. Desanimar, nunca!

DEPRESSÃO NA GRAVIDEZ – Estudos indicam uma prevalência de depressão na gravidez na ordem de 7,4% no primeiro, 12,8% no segundo e 12 no terceiro tremeste. Um dado muito curioso e digno de atenção é que, nas gravidezes de adolescentes, foi verificado prevalência de depressão entre 16% a 44%, quase duas vezes mais elevada que nas gestantes adultas. Atribui-se o fato a falta de maturidade afetiva e de relacionamento, falta de suporte emocional e também a mudança radical na vida social dessas adolescentes devido à gravidez, como afastamento das atividades estudantis, por exemplo.
RISCOS PSICOSSOCIAIS.
Em relação à depressão maior no purpério, encontram-se os fatores de risco psicossociais: ter menos de 16 anos, possui historia de transtorno psiquiátrico prévio, eventos estressantes experimentados nos últimos 12 meses, conflitos conjugais, ser solteira ou divorciada, estar desempregada, (a paciente ou o conjugue) e apresentar pouco suporte social.   
FEBRE DO LEITE.
A temperatura da mãe normalmente se eleva após o dia pós-parto, provocando calafrios, inclusive. Isso acontece quando da mudança do leite materno de colostro para p leite maduro (um processo chamado apojadura), essa é a chamada “febre do leite”, considerada como anormal, quando dura menos de 48 horas.

CINTAS E FAIXAS.
Até a liberação de exercícios específicos para combater a flacidez abdominal, o que deve ocorrer por volta de um mês pós-parto, é recomendável o uso de cintas ou faixas abdominais que dão à mamãe uma sensação de maior segurança e conforto – o uso delas é recomendável pela maioria dos obstetras.
DORES; FEBRE.
No local onde antes havia a placenta ficam feridas que cicatrizam durante o purpério; sem o período de “quarentena” plenamente respeitado, as feridas demoram a cicatrizar e há o risco de infecção – se há febre constante, provavelmente há infecção – febre é um sintoma de infecção. Se isso ocorrer, vá imediatamente ao medico, recomendação feita também caso do sangramento normal após o parto não diminui até o 40º dia.
A episiotomia – O corte entre o ânus e a vagina para facilitar a passagem do bebê – pode ser necessário durante o parto normal. O local recebe pontos que vão cicatrizar normalmente, como qualquer corte, mas a região pode ficar inchada e dolorida. O tratamento para aliviar é antigo e eficaz: aplicação de bolsa de gelo no local.
No mais, é possível a indicação de laxantes para que as primeiras evacuações não sejam doloridas. A higiene é feita com banhos de assento, com produtos recomendados pelo medico.
As atividades devem ser retomadas pouco a pouco; a mamãe precisa descansar e dormir, é essencial para evitar cansaço e irritação. É errado também a mulher ficar “de cama” durante todo o purpério, pois isso atrasa a recuperação. Os exercícios de sentar, levantar e andar são ideais para fazer a musculatura abdominal voltar ao normal. Em duas semanas 70% da musculatura já deve ficar na forma anterior. Normalmente, em 45 dias a mulher esta apta a fazer os serviços de casa mais leves sem dificuldades e Já pode também fazer caminhada e nadar. Para fazer ginástica e correr, deve esperar dois meses, e mais outro mês para poder participar de esportes coletivos.
É POSSIVEL ENGRAVIDAR?
Dois mitos persistem em relação ao período de quarentena:
1 – No período não há possibilidade de engravidar.
2 - Não se pode lavar a cabeça.
Na verdade a mamãe pode lavar a cabeça quando quiser, já no primeiro dia. Embora as chances de engravidar sejam reduzidas, isso pode ocorrer, sim, então, a prevenção é necessária.
A queda de cabelos tem relação com uma alteração hormonal, durante esta fase, mas não é coisa para provocar preocupação, logo o corpo encontrará seu equilíbrio e o cabelo para de cair.
O sexo deve ser evitado no primeiro mês. As feridas no útero, onde ficava a placenta, são recentes, e há, risco de contaminação e infecção. A penetração vaginal é dolorosa. O sexo deve começar devagar e gradualmente, conforme o desejo e o bem esta do casal.
Há mitos e verdades em torno do período de quarentena. P melhor a fazer é procurar um medico obstetra e esclarecer todas as duvidas.

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