sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Catapora.

O Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinam um acordo para a produção nacional de uma vacina tetraviral que imunizará as crianças também contra catapora.

A partir de agosto de 2013, a dose estará disponível nos postos do Sistema Único de Saúde (SUS) e substituirá a tríplice viral, que já protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Portanto, uma única aplicação da nova vacina vai abranger essas quatro doenças.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, vão firmar uma parceria de transferência de tecnologia do laboratório privado GlaxoSmithKline (GSK) para o laboratório público Bio-Manguinhos, da Fiocruz.
A catapora não é uma doença grave, mas precisa de algumas recomendações médicas, como repouso, isolamento e cuidados para que as bolhas que surgirem na pele não infeccionem. As complicações mais comuns são causadas por infecções secundárias, ou seja, feridas que servem como porta de entrada para bactérias capazes de diminuir as defesas e provocar até uma pneumonia, por exemplo.
O vírus da catapora, também conhecida como varicela, é transmitido pela respiração. Com a baixa umidade, esse micro-organismo fica por mais tempo suspenso no ar e o contágio de pessoa para pessoa ocorre mais rapidamente.


Lesões típicas da catapora.
A catapora, ou varicela, é uma doença viral, causada pelo Herpesvirus varicellae, e que se manifesta com maior frequência em crianças. Na maioria das vezes, apresenta-se de forma benigna e as pessoas acometidas tendem a apresentar cansaço, dor de cabeça, febre e perda de apetite.
O mais característico, no entanto, é o surgimento de pequenas feridas de cor avermelhada e número variável, que costumam se manifestar no tronco, rosto, membros e, em alguns casos, nas mucosas. Logo, essas lesões evoluem para bolhas com líquido e, em cerca de cinco dias, começam a cicatrizar. Como aparecem em grupos, em uma mesma pessoa acometida, tais lesões são visíveis, apresentando-se em diferentes estágios.
A transmissão se dá por meio de gotículas ou secreções nasais contendo o vírus, mesmo que os sintomas ainda não tenham surgido. Além disso, a secreção das feridas também é contaminante, até mesmo quando já formaram as “casquinhas”. Há, também, a possibilidade de transmissão de mãe para filho, durante a gestação.
Gestantes, recém-nascidos e pessoas nas quais a imunidade se encontra comprometida, devem receber cuidados especiais, já que a doença, nesses casos, pode evoluir para quadros mais graves, como pneumonia, edema, infecção de ouvido, herpes-zóster (erupção cutânea bastante dolorosa) e síndrome de Reye (doença grave, de rápida progressão e muitas vezes fatal, que compromete o fígado e o sistema nervoso). Além disso, todos os pacientes devem evitar tocar ou coçar as feridas, já que tais atos podem provocar infecções bacterianas, causando complicações e aumentando a probabilidade de a pele ficar manchada.
Quanto ao diagnóstico e tratamento, devem ser feitos sob orientação médica, sendo que esse último se foca no controle dos sintomas e prevenção de complicações, já que não existem medidas que provoquem a expulsão do vírus do organismo. Em hipótese alguma a pessoa deve se automedicar, principalmente se se tratar de salicilatos, como a aspirina, já que este ato pode provocar a síndrome de Reye. Não há comprovação científica acerca da eficácia do permanganato de potássio.
Em razão do seu alto grau de transmissibilidade, é importante que os pacientes permaneçam em casa, de repouso, por pelo menos uma semana, para evitar que outras pessoas sejam afetadas. Introduzida no ano de 1995, outra medida eficaz para a prevenção da catapora, ou de manifestações mais severas, é a vacina. No caso de pessoas imunocomprometidas, e que tiveram contato com o vírus, deve ser avaliada a possibilidade da imunização através do uso de globulinas.
Vale lembrar que pessoas que já contraíram esse vírus se tornam imunes a essa doença. Entretanto, por permanecer, de forma latente, no organismo, o H. varicellae pode provocar a manifestação da herpes-zóster
Fonte:  - Brasil escola.
            - bem estar.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Seu xixi está saudável?


Entenda quando levantar de noite para urinar, sentir dor ou ardência são um problema

 Levantar durante a noite para fazer xixi pode ser perfeitamente normal, principalmente nas épocas mais quentes do ano, quando você toma mais líquidos. "Muitas gente se esquece de tomar líquidos durante o dia e desconta a falha no período noturno, com grandes quantidades ingeridas no jantar e após o jantar", afirma o urologista Conrado Alvarenga. Isso acaba provocando a vontade de urinar durante a madrugada, o que não chega a ser um problema. Levantar à noite só deixa de ser normal quando o número de vezes aumenta progressivamente e começa a atrapalhar o sono. "Isto acontece, por exemplo, com homens com problema na próstata, que chegam a levantar três, quatro, cinco ou até mais vezes durante a madrugada".
Urina escura, muitas vezes, indica baixo consumo de água, principalmente em épocas mais quentes, quando a transpiração aumenta e há mais perda de líquido no suor e menos na urina. "Isso faz com que a urina fique mais concentrada, ou seja, com menos água", afirma o clínico geral Paulo Camiz, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Este baixo consumo aumenta o risco da formação de pedras nos rins e outros problemas urológicos associados. Alguns alimentos também escurecem a urina, como beterrabas e amoras, e algumas doenças, como a cirrose no fígado, também podem escurecer a cor da urina. 
Pessoas com diabetes descompensado costumam ir muitas vezes ao banheiro ao longo do dia, isso porque o excesso de glicose no sangue precisa ser eliminado pelos rins com maior frequência. Homens com problema na próstata e mulheres com bexiga hiperativa (problema que faz com que o estímulo para a micção seja constante) também podem ir ao banheiro inúmeras vezes. O urologista Conrado Alvarenga lembra que aqueles que tomam muito líquido vão mais vezes ao banheiro, mas quando o número de vezes começa a incomodar ou atrapalhar as atividades do dia a dia, o médico deve ser procurado.

 A ardência ao urinar, conhecida como disúria, é sintoma inicial de infecção urinária. Geralmente este sintoma é acompanhado de um aumento de frequência de micção, com quantidades pequenas de urina e em alguns casos até com sangramento associado. Algumas DSTs também podem causar este sintoma de ardor, principalmente quando acometem a uretra, masculina e feminina, conhecidas como uretrites. A gonorreia é um exemplo típico de uretrite.
 Perder urina ao fazer um esforço o é um sinal clássico da incontinência urinária aos esforços. "O problema é muito comum em mulheres que tiveram parto normal, e bastante incômodo também", afirma o urologista Conrado. Geralmente é acompanhada de perdas urinarias com gargalhadas e com esforços físicos mais importantes. Estas mulheres muitas vezes passam a ter que usar absorventes ao longo de todo o dia, para se sentirem mais seguras. Uma boa opção no tratamento do problema é a fisioterapia uroginecológica que, com exercícios específicos, fortalece a musculatura do assoalho pélvico e trata o problema.

  "Jato fraco, acompanhado de esforço urinário, é um sinal de obstrução da saída da urina da bexiga causada pela próstata", afirma Conrado Alvarenga. O crescimento prostático, causador do problema, deve ser avaliado cuidadosamente por um urologista quando trouxer dificuldades urinárias ao homem.
 A vontade impetuosa de ir ao banheiro pode ser sinal de problemas. Acontece em mulheres e homens quando a bexiga se contrai para esvaziar, muitas vezes em momentos não apropriados. "Isso se chama hiperatividade do músculo da bexiga", afirma Paulo Camiz. Algumas vezes, esta urgência é acompanhada de perdas urinárias e é conhecida como urge-incontinência. Ambas as situações requerem avaliação médica especializada. A urgência é muito comum em homens com crescimento prostático sem tratamento.

Fonte: Minha vida

sábado, 9 de junho de 2012

Sete vacinas que os adultos precisam tomar.

O Dia da Imunização, 9 de junho, serve para lembrar que não são apenas as crianças que devem estar com a carterinha em dia. Ninguém reluta em levar o filho para tomar uma vacina contra sarampo ou paralisia infantil, mas na hora de cuidar da própria saúde, muitos adultos negligenciam as campanhas de vacinação. Em todas as fases de nossa vida, porém, estamos suscetíveis a infecções por vírus e bactérias que, se não tratadas, podem causar muitos problemas.

As doenças crônicas que se manifestam mais na vida adulta são fortes indicadores de que o individuo precisa se vacinar. "As pessoas que estão em grupos de risco, como as pessoas com mais de 60 anos ou aquelas que têm doenças crônicas, devem sempre estar informadas sobre a vacinação", diz o infectologista Paulo Olzon, da Unifesp.

Existem vacinas tanto para bactérias como para vírus. "No primeiro caso, a vacinação é feita para controlar surtos epidemiológicos e, para o caso dos vírus, a imunização normalmente dura a vida toda, sendo necessárias apenas algumas doses de reforço para garantir que a doença não vai mais voltar", diz Paulo Olzon. Confira sete tipos que merecem estar na sua carteira de vacinação.

Vacina dupla tipo adulto - para difteria e tétano

A difteria é causada por uma bactéria, que é contraída pelo contato com secreções de pessoas infectadas. Ela afeta o sistema respiratório, causa febres e dores de cabeça, em casos graves, pode evoluir para uma inflamação no coração.

A toxina da bactéria causadora do tétano compromete os músculos e leva a espasmos involuntários. A musculatura respiratória é uma das mais comprometidas pelo tétano. Se a doença não for tratada precocemente, pode haver uma parada respiratória devido ao comprometimento do diafragma, músculo responsável por boa parte da respiração, levando a morte. Ferir o pé com prego enferrujado que está no chão é uma das formas mais conhecidas do contágio do tétano.

A primeira parte da vacinação contra difteria e tétano é feita em três doses, com intervalo de dois meses. Geralmente, essas três doses são tomadas na infância. Então confira a sua carteira de vacinação para certificar-se se a vacinação está em ordem. Depois delas, o reforço deve ser feito a cada dez anos para que a imunização continue eficaz. É nesse momento que os adultos cometem um erro, deixando a vacina de lado.  

Vacina Tríplice-viral - para sarampo, caxumba e rubéola

Causado por um vírus, o sarampo é caracterizado por manchas vermelhas no corpo. A transmissão ocorre por via respiratória. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a mortalidade entre crianças saudáveis é mínima, ficando abaixo de 0,2% dos casos. Nos adultos, essa doença é pouco observada, mas como a forma de contágio é simples, os adultos devem ser imunizados para proteger as crianças com quem convivem.

Conhecida por deixar o pescoço inchado, a caxumba também tem transmissão por via respiratória. Mesmo que seja mais comum em crianças, a caxumba apresenta casos mais graves em adultos, podendo causar meningite, encefalite, surdez, inflamação nos testículos ou dos ovários, e mais raramente no pâncreas.

Já a rubéola é caracterizada pelo aumento dos gânglios do pescoço e por manchas avermelhadas na pele, é mais perigosa para gestantes. O vírus pode levar à síndrome da rubéola congênita, que prejudica a formação do bebê nos três primeiros meses de gravidez. A síndrome causa surdez, má-formação cardíaca, catarata e atraso no desenvolvimento.

O adulto deve tomar a tríplice-viral se ainda não tiver recebido as duas doses recomendadas para a imunização completa quando era criança e se tiver nascido depois de 1960. O Ministério da Saúde considera que as pessoas que nasceram antes dessa data já tiveram essas doenças e estão imunizados, ou já foram vacinados anteriormente.

Mesmo que todos com essas características devam ser vacinados, as mulheres que pretendem ter filhos, que não foram imunizadas ou nunca tiveram rubéola devem tomar a vacina um mês antes de engravidar, já que a rubéola é bastante perigosa quando acomete gestantes, podendo causar deformidade no feto.  

Vacina contra a hepatite B

A Hepatite B é transmitida pelo sangue, e em geral não apresenta sintomas. Alguns pacientes se curam naturalmente sem mesmo perceber que tem a doença. Em outros, a doença pode se tornar crônica, levando a lesões do fígado que podem evoluir para a cirrose. "A imunização contra essa doença é importante, pois ela pode causar problemas sérios, como câncer no fígado", diz Paulo Olzon.

De acordo com o especialista, há algumas décadas, o tipo B da hepatite era o mais encontrado, já que ela pode ser transmitida através da relação sexual e as pessoas não tomavam cuidado com a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Depois de uma campanha de vacinação e imunização, e da classificação da hepatite C pelos médicos, ela não pode ser vista como epidemia, mas ainda é preciso tomar cuidado com essa doença.

Até os 24 anos, todas as pessoas podem tomar a vacina contra hepatite B, gratuitamente, em qualquer posto de saúde. A aplicação da vacina também continua de graça, quando o adulto faz parte de um grupo de risco. "Pessoas que tenham contato com sangue, como profissionais de saúde, podólogos, manicures, tatuadores e bombeiros, ou que tenham relacionamentos íntimos com portador da doença são as mais expostas a essa doença", diz o especialista. Fora isso, qualquer adulto pode encontrar a vacina em clínicas particulares. 

Pneumo 23 - Pneumonia

O pneumococo, bactéria que pode causar a pneumonia, entre outras doenças, pode atacar pessoas de todas as idades, principalmente indivíduos com mais de 60 anos. "Pessoas com essa idade não podem deixar de tomar a vacina pneumo 23", diz Paulo Olzon.

A pneumonia é o nome dado a inflamação nos pulmões causada por agentes infecciosos (bactérias, vírus, fungos e reações alérgicas). Entre os principais sintomas dessa inflamação dos pulmões, estão febre alta, suor intenso, calafrios, falta de ar, dor no peito e tosse com catarro. Adultos com doenças crônicas em órgãos como pulmão e coração -alvos mais fáceis para o pneumococo, devem tomar essa vacina sempre que há uma campanha de vacinação.

Mesmo que ela seja uma das vacinas mais importantes para ser tomadas é a única vacina do calendário que não é oferecida em postos de saúde. É preciso ir a um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais, em locais como o Hospital das Clínicas e a Unifesp.

Vacina contra a febre amarela

A febre amarela é transmitida pelo mesmo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. A doença tem como principais sintomas febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (pele e olhos amarelados) e hemorragias. "Se a febre amarela não for tratada, pode levar a morte", explica o especialista.

Por ser uma doença grave, e com alto índice de mortalidade, todas as pessoas que moram em locais de risco devem tomar a vacina a cada dez anos, durante toda a vida. Quem for para uma dessas regiões precisa ser vacinado pelo menos dez dias antes da viagem. No Brasil, as áreas de risco são: zonas rurais no Norte e no Centro-Oeste do país e alguns municípios dos Estados do Maranhão, do Piauí, da Bahia, de Minas Gerais, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Mesmo que os efeitos colaterais mais sérios sejam muito raros, a vacina contra febre amarela deve ficar restrita aqueles indivíduos que moram ou irão viajar para algum lugar de risco. "Nesse sentido, a preocupação dos médicos está relacionada ao risco de reação alérgica grave ou anafilática, que pode levar a morte os pacientes propensos", explica o infectologista Paulo Olzon. 

Vacina contra o influenza (gripe)

A vacina contra gripe deve estar na rotina de quem está com mais de 60 anos. "Muitas pessoas deixam de tomá-la com medo da reação que ela pode causar, mas isso é um mito, já que a suposta reação do corpo não tem nada a ver com a vacina, e sim com a própria gripe", diz o especialista. "Isso porque o vírus da gripe fica semanas em nosso corpo sem se manifestar e a proteção da vacina não é imediata como as pessoas imaginam."

A gripe é transmitida por via respiratória, leva a dores musculares e a febres altas. Seu ciclo costuma ser de uma semana. Pessoas com mais de 60 anos podem tomar a vacina nos postos de saúde, enquanto os mais jovens podem ser vacinados em clínicas particulares. "Os idosos que não querem esperar até a campanha anual de vacinação contra a gripe podem tomar a vacina em clínicas particulares em todas as épocas do ano", diz Paulo Olzon.  

HPV

A vacina existe tanto para homens quanto para mulheres e previne os quatros principais tipos do Papilomavírus Humano - o HPV. Segundo o Ministério da Saúde, 137 mil novos casos de HPV são registrados por ano no Brasil. O vírus, transmitido durante a relação sexual, é responsável por 90% dos casos de câncer de colo do útero, além de provocar tumores de vulva, pênis, boca, ânus e pele.

Apesar de existir a vacina bivalente, que protege dos tipos 16 e 18 de HPV e só é aplicada em mulheres, a quadrivalente é a mais indicada, pois protege desses dois tipos citados mais os tipos 6 e 11 e também serve para os homens. "A quadrivalente deve ser tomada em três doses, sendo a segunda dose após 30 dias da primeira e a terceira, seis meses depois da segunda", afirma o ginecologista Amadeu Carvalho Júnior, da Amhpla Cooperativa de Assistência Médica.

A Anvisa recomenda a vacinação em pessoas dos nove aos 26 anos - em especial para aquelas que ainda não iniciaram sua vida sexual, para garantir maior eficácia na proteção. Vale lembrar, no entanto, que a vacina não dispensa o uso de preservativos na relação. "O HPV possui mais de 100 tipos diferentes e a vacina protege apenas de alguns deles", explica o ginecologista Amadeu. 

Fonte: Minha vida.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Amamentação materna contribui para o crescimento dos músculos e ossos faciais do bebê

Segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados no ano passado, as mamães curitibanas amamentam seus bebês no peito por cerca de 10 meses, tempo inferior à média nacional que é de 11 meses. Por outro lado, o índice de aleitamento na primeira hora de vida é de 71,2%, enquanto a média nacional é de 67,7%. “A amamentação materna é de extrema importância, pois desenvolve e fortalece a musculatura orofacial e contribui no desenvolvimento da região dentofacial”, ressalta Gerson Köhler, ortodontista e ortopedista-facial da Köhler Ortofacial.
Com a amamentação, o bebê aprende a respirar e a realizar as funções de mastigação e deglutição corretamente. Durante os intervalos da sucção do leite, toda a musculatura é fortalecida. “Quanto mais o bebê puder mamar no seio da mãe, melhor será seu desenvolvimento. Os dentes decíduos (de leite) começam a aparecer mais tarde, por volta dos 6 meses, ocasião em que já há o crescimento facial necessário para tal”, explica o especialista.
De acordo com a fonoaudióloga Nilse Waltrick Köhler, especialista em Distúrbios Miofuncionais da Face da Köhler Ortofacial, o ato de mamar é que dá início a toda a dinâmica da cadeianeuromuscular das estruturas que fazem parte das funções de fonação, mastigação, respiração e deglutição. “Este sistema está totalmente ligado aos componentes do rosto e ao sistema respiratório”, acrescenta. 
Os estímulos feitos pela sucção estimulam a mandíbula, auxiliando no seu crescimento e no prepara para o futuro processo de mastigação. Nilse esclarece que a sucção é considerada a primeira fase que precede a mastigação e se ela não for realizada no tempo devido e da forma correta pode prejudicar o desenvolvimento das estruturas faciais. “As alterações nas funções respiratórias e de deglutição são nocivas e causam crescimento facial inadequado”, aponta a fonoaudióloga.
Gerson destaca que todo o comportamento motor neuromuscular da face é comandado pela sucção,  deglutição e respiração e por isso o aleitamento materno se torna fundamental no desenvolvimento harmônico e estético da face. “A amamentação contribui tanto na área nutricional quanto na afetiva e no crescimento muscular e ósseo do bebê”, acrescenta.
Quanto ao uso de mamadeira e chupeta, Nilse alerta que a criança pode adquirir hábitos inadequados, como respirar pela boca – o que altera o crescimento e desenvolvimento da face e causa distúrbios miofuncionais. “As chupetas artificiais acabam confundindo o bebê, ocasionando o mal posicionamento da língua no seio, reduzindo a quantidade de leite e consequentemente o desmame precoce”, observa.
Além disso, há outros danos como a falta de estímulo da musculatura orofacial – quando o bico da chupeta está muito aberto e a criança apenas engole o leite, sem exercitar os músculos – ou excesso de trabalho muscular, quando o bico é muito fechado e o bebê tensiona os músculos errados. “Isto acaba tornando as arcadas dentárias pequenas, sem espaço para os dentes e a língua”, complementa Gerson.
Nilse observa ainda que é através da sucção do leite materno que o bebê exercita e fortalece os músculos responsáveis pela articulação das palavras. “A língua, os lábios e a bochecha precisam ser estimulados para que a criança consiga - na época certa - falar corretamente”. 

Fonte:http://guiadobebe.uol.com.br

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Ronco forte pode aumentar chance de câncer, diz estudo

Risco de tumores pode ser até 4,8 maior em pessoas com o distúrbio do sono.

 Pessoas que roncam muito e sofrem de distúrbios respiratórios durante o sono têm uma probabilidade quase cinco vezes maior de morrer de câncer, segundo uma pesquisa feita pela Universidade de Wisconsin-Madison (EUA). O estudo foi apresentado na conferência internacional da American Thoracic Society, em San Francisco, e será publicado no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine.

A pesquisa analisou dados de mais de 1,5 mil pacientes que participaram de um estudo sobre Distúrbios Respiratórios Obstrutivos do Sono (DROS) ao longo de 22 anos. A forma mais comum de DROS é a apneia obstrutiva do sono, na qual a respiração é bloqueada deixando a pessoa sem ar, provocando interrupções no sono durante a noite. O distúrbio é associado a problemas como obesidade, diabetes, pressão alta, ataques cardíacos e derrames. 
Os participantes do estudo passaram por testes a cada quatro anos, que incluíam análises de sono e respiração. Os resultados mostraram que a probabilidade de morte por câncer aumentava drasticamente de acordo com a gravidade do distúrbio - pacientes com uma forma leve de DROS tinham uma chance muito pequena de morrer por câncer, enquanto que pacientes com uma forma moderada de DROS tinham uma chance de morte duas vezes mais elevada. Já naqueles com distúrbios graves de respiração, o risco aumentava 4,8 vezes em comparação com aqueles que não sofrem com o problema. 
Os autores acreditam que a correlação pode ser explicada pelo suprimento inadequado de oxigênio durante a noite nos pacientes com o distúrbio. Testes anteriores em laboratório já haviam mostrado que a interrupção intermitente da respiração leva a um crescimento mais acelerado de tumores, já que a falta de oxigênio estimula o crescimento de vasos sanguíneos que nutrem os tumores.

Fonte: Yahoo.com

Meningite: o que precisamos saber


Pescoço rígido é um dos sintomas de meningite. Vamos entender essa doença: a meningite é uma inflamação da membrana que envolve o cérebro. Pode ser viral (mais comum e menos grave) ou bacteriana (rara e pode causar sequelas ou até a morte). A do filho da minha amiga é viral e a situação está sob controle. Mas o que ajudou no tratamento foi o fato da minha amiga ler muito e ser muito observadora. Assim que percebeu no filho alguns sintomas, correu para o pediatra. Sorte, porque essa doença evolui muito rápido.
Os sintomas são bem parecidos com o da gripe. A criança pode ter febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, pescoço rígido, aversão a luz, manchas vermelhas ou arroxeadas na pele. Mas, às vezes, nem todos esses sintomas aparecem. Por isso os médicos pedem que fiquemos atentas a outros, mais sutis: febre com mãos e pés frios, palidez anormal, manchinhas vermelhas ou roxas na pele, dores nas pernas, respiração irregular, calafrios e variações no comportamento.
Médicos dizem que as mães podem ajudar no diagnóstico da doença também pedindo pra criança encostar o queixo no peito. Se a criança não conseguir ou sentir muita dificuldade é bom correr no médico. No caso dos bebês choro agudo, irritabilidade excessiva e recusa na hora de mamar também devem deixar as mães em alerta.
Hoje em dia essa doença é mais rara por causa das vacinas mas, como é altamente contagiosa, isso não quer dizer que estejamos livres dela. Caso a professora avise que algum amiguinho do seu filho está com a doença, vale conversar com o médico pra ver se vale a pena fazer algum tratamento preventivo.
Bom, acho que todas essas dicas ajudam na hora de saber se o seu filho está doente mas o principal, na minha opinião, é confiar nos seus instintos. Quem é mãe simplesmente sente quando alguma coisa está errada. E, na dúvida, vá ao pronto socorro, ligue para o médico. O diagnóstico rápido pode salvar a vida do seu filho.

Fonte: Yahoo.com

domingo, 20 de maio de 2012

Terapia celular obtém primeiros resultados animadores

A partir de células-tronco do próprio paciente, pesquisadores brasileiros vêm obtendo resultados no tratamento de doenças em estágios que a medicina convencional não é capaz de solucionar 

   

Diabetes do tipo 1

A pesquisa: uma equipe da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo coletou células-tronco do sangue de 26 pacientes com idade entre 13 e 35 anos em estágio inicial da doença. Após serem submetidos a sessões de quimioterapia, eles tiveram as células reinjetadas na corrente sanguínea. “O intuito dessa terapia é ‘zerar’ o sistema imunológico para que ele pare de agredir as células do pâncreas que produzem insulina”, explica o endocrinologista Carlos Eduardo Couri

O resultado:
dos 26 voluntários, três pararam de usar insulina de forma definitiva. Outros dezenove tiveram de retomar as injeções depois de alguns anos, porém em doses menores. Os quatro restantes não apresentaram melhora no quadro.

Silicose

A pesquisa: cinco voluntários com  silicose — doença causada pela inalação de partículas de sílica, bastante comum em mineiros — foram submetidos à terapia celular. Para isso, os pesquisadores retiraram células-tronco da medula óssea dos pacientes e as reinseriram em diferentes áreas do pulmão
O resultado: um ano após o tratamento, todos os pacientes apresentaram melhora na circulação sanguínea dentro dos pulmões. “Como essa doença é progressiva e não tem nenhuma perspectiva terapêutica, só o fato de os pacientes não piorarem já representa um grande avanço”, diz a pesquisadora Patricia Rocco, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Insuficiência cardíaca

A pesquisa: conduzido pelo cirurgião cardiovascular Paulo Brofman, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, o estudo consistiu em injetar células da medula e do músculo da perna no coração de oito pacientes que haviam sofrido infarto agudo do miocárdio
O resultado: todos os pacientes apresentaram melhora no funcionamento do músculo cardíaco e na circulação sanguínea da região afetada. “Temos 240 000 novos casos de insuficiência cardíaca por ano em um país onde são feitos menos de 200 transplantes cardíacos anuais. Daí a nossa expectativa de que a terapia celular possa reverter ou frear a evolução da doença”, diz Brofman.

Angina refratária

A pesquisa: médicos da Universidade Federal de São Paulo transferiram células da medula para o músculo cardíaco de vinte voluntários com idade entre 53 e 79 anos que sofriam de angina refratária. A doença causa uma obstrução nas artérias coronárias e impede que o coração receba a quantidade necessária de sangue
O resultado: um ano após o tratamento, metade dos pacientes deixou de sentir dores no peito. Cerca de 80% deles também apresentaram melhora no fluxo sanguíneo da área afetada. “Isso foi possível graças à formação de novos vasos sanguíneos”, diz o cirurgião cardíaco Enio Buffolo.

Trombose

A pesquisa: quinze pacientes com arteriosclerose (doença que causa o entupimento de vasos arteriais) aos quais só restava como alternativa amputar as pernas receberam células-tronco da medula óssea no músculo da panturrilha
O resultado: dez dos quinze pacientes se livraram da amputação. “As células atuaram de duas formas: primeiro, dilatando os vasos menos prejudicados e, depois, mais a longo prazo, formando novos vasos para melhorar a circulação sanguínea”, explica o cirurgião vascular José Dalmo de Araújo, do Instituto de Moléstias Cardiovasculares (IMC), em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.

Fonte: Revista Veja.