quarta-feira, 23 de maio de 2012

Ronco forte pode aumentar chance de câncer, diz estudo

Risco de tumores pode ser até 4,8 maior em pessoas com o distúrbio do sono.

 Pessoas que roncam muito e sofrem de distúrbios respiratórios durante o sono têm uma probabilidade quase cinco vezes maior de morrer de câncer, segundo uma pesquisa feita pela Universidade de Wisconsin-Madison (EUA). O estudo foi apresentado na conferência internacional da American Thoracic Society, em San Francisco, e será publicado no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine.

A pesquisa analisou dados de mais de 1,5 mil pacientes que participaram de um estudo sobre Distúrbios Respiratórios Obstrutivos do Sono (DROS) ao longo de 22 anos. A forma mais comum de DROS é a apneia obstrutiva do sono, na qual a respiração é bloqueada deixando a pessoa sem ar, provocando interrupções no sono durante a noite. O distúrbio é associado a problemas como obesidade, diabetes, pressão alta, ataques cardíacos e derrames. 
Os participantes do estudo passaram por testes a cada quatro anos, que incluíam análises de sono e respiração. Os resultados mostraram que a probabilidade de morte por câncer aumentava drasticamente de acordo com a gravidade do distúrbio - pacientes com uma forma leve de DROS tinham uma chance muito pequena de morrer por câncer, enquanto que pacientes com uma forma moderada de DROS tinham uma chance de morte duas vezes mais elevada. Já naqueles com distúrbios graves de respiração, o risco aumentava 4,8 vezes em comparação com aqueles que não sofrem com o problema. 
Os autores acreditam que a correlação pode ser explicada pelo suprimento inadequado de oxigênio durante a noite nos pacientes com o distúrbio. Testes anteriores em laboratório já haviam mostrado que a interrupção intermitente da respiração leva a um crescimento mais acelerado de tumores, já que a falta de oxigênio estimula o crescimento de vasos sanguíneos que nutrem os tumores.

Fonte: Yahoo.com

Meningite: o que precisamos saber


Pescoço rígido é um dos sintomas de meningite. Vamos entender essa doença: a meningite é uma inflamação da membrana que envolve o cérebro. Pode ser viral (mais comum e menos grave) ou bacteriana (rara e pode causar sequelas ou até a morte). A do filho da minha amiga é viral e a situação está sob controle. Mas o que ajudou no tratamento foi o fato da minha amiga ler muito e ser muito observadora. Assim que percebeu no filho alguns sintomas, correu para o pediatra. Sorte, porque essa doença evolui muito rápido.
Os sintomas são bem parecidos com o da gripe. A criança pode ter febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, pescoço rígido, aversão a luz, manchas vermelhas ou arroxeadas na pele. Mas, às vezes, nem todos esses sintomas aparecem. Por isso os médicos pedem que fiquemos atentas a outros, mais sutis: febre com mãos e pés frios, palidez anormal, manchinhas vermelhas ou roxas na pele, dores nas pernas, respiração irregular, calafrios e variações no comportamento.
Médicos dizem que as mães podem ajudar no diagnóstico da doença também pedindo pra criança encostar o queixo no peito. Se a criança não conseguir ou sentir muita dificuldade é bom correr no médico. No caso dos bebês choro agudo, irritabilidade excessiva e recusa na hora de mamar também devem deixar as mães em alerta.
Hoje em dia essa doença é mais rara por causa das vacinas mas, como é altamente contagiosa, isso não quer dizer que estejamos livres dela. Caso a professora avise que algum amiguinho do seu filho está com a doença, vale conversar com o médico pra ver se vale a pena fazer algum tratamento preventivo.
Bom, acho que todas essas dicas ajudam na hora de saber se o seu filho está doente mas o principal, na minha opinião, é confiar nos seus instintos. Quem é mãe simplesmente sente quando alguma coisa está errada. E, na dúvida, vá ao pronto socorro, ligue para o médico. O diagnóstico rápido pode salvar a vida do seu filho.

Fonte: Yahoo.com

domingo, 20 de maio de 2012

Terapia celular obtém primeiros resultados animadores

A partir de células-tronco do próprio paciente, pesquisadores brasileiros vêm obtendo resultados no tratamento de doenças em estágios que a medicina convencional não é capaz de solucionar 

   

Diabetes do tipo 1

A pesquisa: uma equipe da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo coletou células-tronco do sangue de 26 pacientes com idade entre 13 e 35 anos em estágio inicial da doença. Após serem submetidos a sessões de quimioterapia, eles tiveram as células reinjetadas na corrente sanguínea. “O intuito dessa terapia é ‘zerar’ o sistema imunológico para que ele pare de agredir as células do pâncreas que produzem insulina”, explica o endocrinologista Carlos Eduardo Couri

O resultado:
dos 26 voluntários, três pararam de usar insulina de forma definitiva. Outros dezenove tiveram de retomar as injeções depois de alguns anos, porém em doses menores. Os quatro restantes não apresentaram melhora no quadro.

Silicose

A pesquisa: cinco voluntários com  silicose — doença causada pela inalação de partículas de sílica, bastante comum em mineiros — foram submetidos à terapia celular. Para isso, os pesquisadores retiraram células-tronco da medula óssea dos pacientes e as reinseriram em diferentes áreas do pulmão
O resultado: um ano após o tratamento, todos os pacientes apresentaram melhora na circulação sanguínea dentro dos pulmões. “Como essa doença é progressiva e não tem nenhuma perspectiva terapêutica, só o fato de os pacientes não piorarem já representa um grande avanço”, diz a pesquisadora Patricia Rocco, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Insuficiência cardíaca

A pesquisa: conduzido pelo cirurgião cardiovascular Paulo Brofman, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, o estudo consistiu em injetar células da medula e do músculo da perna no coração de oito pacientes que haviam sofrido infarto agudo do miocárdio
O resultado: todos os pacientes apresentaram melhora no funcionamento do músculo cardíaco e na circulação sanguínea da região afetada. “Temos 240 000 novos casos de insuficiência cardíaca por ano em um país onde são feitos menos de 200 transplantes cardíacos anuais. Daí a nossa expectativa de que a terapia celular possa reverter ou frear a evolução da doença”, diz Brofman.

Angina refratária

A pesquisa: médicos da Universidade Federal de São Paulo transferiram células da medula para o músculo cardíaco de vinte voluntários com idade entre 53 e 79 anos que sofriam de angina refratária. A doença causa uma obstrução nas artérias coronárias e impede que o coração receba a quantidade necessária de sangue
O resultado: um ano após o tratamento, metade dos pacientes deixou de sentir dores no peito. Cerca de 80% deles também apresentaram melhora no fluxo sanguíneo da área afetada. “Isso foi possível graças à formação de novos vasos sanguíneos”, diz o cirurgião cardíaco Enio Buffolo.

Trombose

A pesquisa: quinze pacientes com arteriosclerose (doença que causa o entupimento de vasos arteriais) aos quais só restava como alternativa amputar as pernas receberam células-tronco da medula óssea no músculo da panturrilha
O resultado: dez dos quinze pacientes se livraram da amputação. “As células atuaram de duas formas: primeiro, dilatando os vasos menos prejudicados e, depois, mais a longo prazo, formando novos vasos para melhorar a circulação sanguínea”, explica o cirurgião vascular José Dalmo de Araújo, do Instituto de Moléstias Cardiovasculares (IMC), em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.

Fonte: Revista Veja.