segunda-feira, 28 de março de 2011

DIABETES


É muito comum ouvirmos que alguém tem diabetes, mas nem sempre a população sabe o que é isso.  
O termo popular “começo de diabetes” corresponde ao termo médico pré-diabetes, que indica ser o primeiro passo para o desenvolvimento da doença. O termo pré-diabetes é utilizado desde 2002, quando substituiu os termos “intolerância ao teste de glicose” e “glicemia de jejum alterada”.
Em 2003, a Federação Internacional do Diabetes – FDI divulgou que há mais de 300 milhões de pessoas no mundo com pré-diabetes. Este número mostra que a cada 10 pessoas, aproximadamente uma tem pré-diabetes.
A explosão da obesidade é acompanhada de perto pelo crescimento de outra doença – o diabete, mais especificamente o tipo 2, aquele que parece com o tempo, quando o pâncreas entrega os pontos e deixa de dar conta de produzir toda a insulina necessária. É esse hormônio o encarregado de por o açúcar solto na circulação para dentro das células, onde servira de energia.
Sem ele essa molécula proveniente da alimentação fica sobrando no sangue. Isso, com o tempo, traz consequências terríveis – para o coração inclusive. Quando não há controle do distúrbio, todo o sistema circulatório termina prejudicado. Próprio excesso de açúcar, ou glicose, maltrata as paredes dos vasos. Os mais minúsculos chegam a desaparecer por causa dos estragos.
O coração se sobrecarrega tentando compensar a circulação deficiente. Para piorar, os rins reagem a falta de irrigação devido a lesões em seus pequenos vasos. Deixam de filtrar  direito, agravando o acumulo de sódio e água, fazendo a pressão disparar.A credite: por trás de boa parte dos ataques cardíacos há um quadro de diabete descontrolado. Claro, isso tudo também pode acontecer com o tipo 1 da doença – quando, por uma espécie de defeito, o pâncreas deixa de fabricar insulina ainda na infância, exigindo a reposição constante desse hormônio por meio de injeções. Mas vamos falar um pouco mais, aqui, do tipo 2.Afinal, ele poderia ser evitado, até porque não parece de uma hora para outra.
É preciso, antes de mais nada, consumir uma quantidade exagerada de carboidratos. A chegada freqüente de glicose ao sangue leva ao pâncreas a trabalhar em dobro para manter os níveis desse açúcar numa faixa de normalidade. Surge, assim, a hiperinsulinemia , a produção elevada de insulina para responder a incrível demanda do organismo.
Chega um momento em que,  de tanto produzir insulina extra, o pâncreas apresenta sinais de exaustão. A insulina deixa de ter um padrão de qualidade no que se refere ao transporte de glicose para dentro da célula e resta açúcar nos vasos. Sem mudanças imediatas no estilo de vida – corrigindo inclusive a alimentação rica em massas e doces -, o pâncreas irá falir.

A conseguencia da falência do pâncreas  será o diabete, também conhecido como diabetes mellitus ou diabetes melito. Não importa o nome, o fato é que níveis de açúcar acima de 126 mg/dl no sangue, ao longo prazo, resultarão em sérios prejuízos.
Quem não conhece ou já conheceu algum diabético que não se tratou e perdeu a visão? Ou ainda quem teve membros amputados e prejuízos na função renal? Infelizmente a lista de danos não para por ai. O diabete não tratado pode levar à angina, ao infarto e ao derrame cerebral.

ESTRAGOS DO EXCESSO DE AÇÚCAR: Alterações acontecem quando há glicose demais.
1-      CHEGADA DA GLICOSE: Sempre que nos alimentamos os níveis de glicose sobem. Para que essa substancia seja aproveitada, precisa de um empurrão da insulina.
2-     RESISTENCIA A INSULINA: Se há excesso de açúcar, a insulina não funciona a contento. Nem toda glicose consegue entrar nas células, parte fica no sangue.
3-     PROTEINA + AÇÚCAR: A glicose que fica na circulação tromba com proteínas e elas tendem a se grudar. Essa junção resulta em composto chamados AGEs.
CARAMELIZAÇÃO: Esses AGEs podem se colar na membrana das células, que ficam “caramelizadas” e doentes, com seu funcionamento prejudicado

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