sábado, 29 de outubro de 2011

O que é Câncer de laringe?

O câncer de laringe é um dos mais comuns a atingir a região da cabeça e pescoço, representando cerca de 25% dos tumores malignos que acometem esta área e 2% de todas as doenças malignas. Aproximadamente 2/3 desses tumores surgem na corda vocal verdadeira e 1/3 acomete a laringe supraglótica (ou seja, localizam-se acima das cordas vocais).

Fatores de risco

Há uma nítida associação entre a ingestão excessiva de álcool e o vício de fumar, com o desenvolvimento de câncer nas vias aerodigestivas superiores. O tabagismo é o maior fator de risco para o desenvolvimento do câncer de laringe.
Quando a ingestão excessiva de álcool é adicionada ao fumo, o risco aumenta para o câncer supraglótico. Pacientes com câncer de laringe que continuam a fumar e beber têm probabilidade de cura diminuída e aumento do risco de aparecimento de um segundo tumor primário na área de cabeça e pescoço.





Sintomas
O primeiro sintoma é o indicativo da localização da lesão. Assim, odinofagia (dor de garganta) sugere tumor supraglótico e rouquidão indica tumor glótico e subglótico.
O câncer supraglótico geralmente é acompanhado de outros sinais e sintomas como a alteração na qualidade da voz, disfagia leve (dificuldade de engolir) e sensação de um "caroço" na garganta.
Nas lesões avançadas das cordas vocais, além da rouquidão, pode ocorrer dor na garganta, disfagia e dispneia (dificuldade para respirar ou falta de ar).
Tratamento
O tratamento dos cânceres da cabeça e pescoço pode causar problemas nos dentes, fala e deglutição. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maior é a possibilidade de o tratamento evitar deformidades físicas e problemas psicossociais.
Além dos resultados de sobrevida, considerações sobre a qualidade de vida dos pacientes entre as modalidades terapêuticas empregadas são muito importantes para determinar o melhor tratamento.
Entretanto, mesmo em pacientes submetidos à laringectomia total, é possível a reabilitação da voz através da utilização de próteses fonatórias tráqueo-esofageanas.
De acordo com a localização e estágio do câncer, ele pode ser tratado com cirurgia e/ou radioterapia e com quimioterapia associada à radioterapia, havendo uma série de procedimentos cirúrgicos disponíveis de acordo com as características do caso e do paciente.
Em alguns casos, com o intuito de preservar a voz, a radioterapia pode ser selecionada primeiro, deixando a cirurgia para o resgate quando a radioterapia não for suficiente para controlar o tumor.
A associação da quimio e radioterapia é utilizada em protocolos de preservação de órgãos, desenvolvidos para tumores mais avançados. Os resultados na preservação da laringe têm sido positivos. Da mesma forma, novas técnicas cirúrgicas foram desenvolvidas permitindo a preservação da função da laringe, mesmo em tumores moderadamente avançados.

Fonte: Yahoo

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Estudo vincula a violência juvenil ao abuso no consumo de refrigerantes

Cientistas anunciaram esta terça-feira, nos Estados Unidos, a descoberta de uma associação surpreendente, mesmo em termos estatísticos, entre a violência juvenil e a quantidade de refrigerante que os adolescentes tomam.
Alunos do ensino médio da região metropolitana de Boston que consumiram mais de cinco latas de refrigerante normal por semana demonstraram uma propensão a desenvolver um comportamento agressivo entre 9% e 15% maior em comparação com colegas que ingeriram menor quantidade.
"O que descobrimos foi a existência de uma forte relação entre quantos refrigerantes estes jovens consumiam e seu comportamento violento, não só com relação aos colegas, mas também em relacionamentos afetivos, com irmãos", afirmou David Hemenway, professor da Escola de Saúde Pública de Harvard.
"Foi chocante para nós perceber como esta relação era clara", disse em entrevista à AFP.
Mas ele ressaltou que apenas trabalhos futuros poderão confirmar ou descartar se um consumo maior de refrigerante não dietético causaria um comportamento violento.

sábado, 1 de outubro de 2011

Remédio não é bala

Quem nunca ficou curioso para saber como o Viagra ou outros remédios para disfunção erétil influenciariam no desempenho na hora do sexo? E tem muita gente que tira a prova, experimenta “só para ver como é que é”, trazendo a tona uma nova preocupação: será que não é perigoso?
Os especialistas repetem em coro que a resposta é sim. O uso recreativo desses remédios preocupa psicólogos e urologistas, porque eles são consumidos sem acompanhamento médico.
Em 2009, a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo fez uma pesquisa entre seus alunos e descobriu 9% dos 167 alunos, entre 18 e 30 anos, que participaram do estudo disseram que usaram o medicamento sem que tivessem qualquer problema de ereção. Cerca de 60% adquiriram o medicamento em farmácias, sem receita médica, 20% obtiveram de amigos, e outros 20% por intermediários, ou seja, sem o intermédio de um médico urologista.

Curiosidade ou insegurança?
As razões para o uso do medicamento são: curiosidade, desejo de melhora no desempenho sexual e redução da ejaculação precoce. Mas a Dra. Carmita, fundadora do ProSex - Projeto Sexualidade, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, vê esse consumo crescente entre os jovens porque eles se obrigam a ter um desempenho mais eficiente do que seria natural na idade deles, ainda no começo da vida sexual.
“Eles estão inseguros”, diz a psiquiatra. "Querem garantir uma ereção bastante satisfatória, apesar da pouca experiência, e a possibilidade de ter várias relações num curto espaço de tempo, o que sem um remédio é fisiologicamente impossível."
Além da cobrança de si mesmo, a médica destaca outros dois fatores:

- Muitos desses jovens têm uma rotina muito puxada com trabalho e estudos; nas folgas, caem na balada como se não houvesse amanhã, muitas vezes exagerando na bebida e consumindo drogas. Na hora do sexo, o corpo não responde e eles apelam para os remédios.
- A mudança no posicionamento da mulher no sexo também afeta a insegurança, pois eles não estão preparados a lidar com as parceiras da nova geração. Os homens estão menos a vontade com parceiras mais experientes, mais ativas.
O que também pode acontecer é o caso do rapaz sofrer de alguma doença que pode causar a disfunção, como a diabetes, mas não saber e apelar diretamente para o remédio antes de consultar o médico. Muitas vezes apenas o tratamento para a doença já resolve o problema da impotência, sem que seja preciso o consumo de outros medicamentos.

Perigos
O Dr. Marjo Perez, urologista e professor da FCMSCSP, explica que a falta de acompanhamento de um profissional é preocupante porque esses remédios são contra-indicados no caso de doenças cardíacas e o jovem que toma pode não saber se tem algum problema.

Outro fato que assusta é que o consumo do remédio é geralmente feito com outras drogas, como álcool ou ectasy. Na pesquisa do FCMSCSP, por exemplo, o medicamento foi usado em 72% das vezes associado ao álcool. Não existem pesquisas sobre os efeitos do consumo associado das substâncias, então não se sabe o mal que isso pode causar no organismo.
Um dado interessante, ligado a esse consumo associado, é que em poucas quantidades o álcool pode até ajudar no desempenho na cama, já que relaxa, mas em grandes quantidades, por agir no sistema nervoso, a bebida prejudica, impedindo uma boa ereção. Isso remete à fala da Dra. Carmita Abdo, que chama atenção para o uso do remédio como compensação.
E existe ainda a dependência psicológica. Quem usa o remédio com frequência passa a imaginar que só com ele vai conseguir aquela relação sexual satisfatória, não consegue mais  ter uma ereção ou transar sem se medicar.
O tratamento nesses casos é a psicoterapia, que procura reassegurar o paciente, resgatar sua condição sexual e fazer ele voltar a acreditar em si.


Fonte: Yahoo