quinta-feira, 26 de maio de 2011

ATM: Disfunção da Articulação

 O que é ATM? D-ATM, ou disfunção da articulação temporomandibular, é uma alteração da articulação que liga o maxilar à mandíbula que pode, por exemplo, não estar funcionando adequadamente. Essa articulação é uma das mais complexas do corpo humano, responsável por mover a mandíbula para frente, para trás e para os lados. Qualquer problema que impeça a função ou o adequado funcionamento deste complexo sistema de músculos, de ligamentos, de discos e de ossos é chamado de D-ATM. Geralmente, a D-ATM dá a sensação ao indivíduo acometido de que sua mandíbula está saltando para fora, fazendo um estalo e até travando por um instante. A causa exata desta disfunção, em geral, é impossível de ser identificada.

Quais os sintomas da D-ATM?

Disfunções de ATM apresentam muitos sinais e sintomas. É difícil saber com certeza se você tem D-ATM, porque um destes sintomas ou todos eles podem também estar presentes em outros problemas. Seu dentista poderá ajudá-lo a fazer um diagnóstico preciso, através de uma história médica e dentária completa, um exame clínico e de radiografias adequadas.
Alguns dos sintomas mais comuns de D-ATM são:
  • Dores de cabeça (freqüentemente parecidas com enxaquecas), dores de ouvido, dor e pressão atrás dos olhos;
  • Um "clique" ou sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca;
  • Dor ao bocejar, ao abrir muito a boca ou ao mastigar;
  • Mandíbulas que "ficam presas", travam ou saem do lugar;
  • Flacidez dos músculos da mandíbula;
  • Uma brusca mudança no modo em que os dentes superiores e inferiores se encaixam.

Como tratar a D-ATM?

Embora não exista uma cura para a D-ATM, existem diversos tratamentos que você pode seguir para diminuir consideravelmente os sintomas. Seu dentista pode recomendar um ou mais dos seguintes tratamentos:
  • Tentar eliminar a dor e o espasmo muscular através da aplicação de calor úmido ou através de medicamentos como relaxante muscular, aspirina ou outros analgésicos comuns, ou ainda antiinflamatórios;
  • Reduzir os efeitos prejudiciais de travamento ou rangido, por meio de um aparelho, algumas vezes chamado de placa de mordida ou "splint". Este aparelho, feito sob medida para sua boca, se encaixa nos dentes superiores e ao deslizar sobre os dentes inferiores impede estes dentes inferiores de ranger contra os dentes superiores;
  • Aprender técnicas de relaxamento para ajudar a controlar a tensão muscular na mandíbula. Seu dentista pode sugerir que você procure condicionamento e aconselhamento para ajudar a evitar o estresse;
  • Quando partes da mandíbula são afetadas e os tratamentos não surtiram efeito, uma cirurgia na articulação pode ser recomendada.
D-ATM ocorre quando a complexa articulação que movimenta sua mandíbula não funciona bem.

Fonte: Yahoo.com

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Hipotireoidismo (tireoide)

A tireoide é uma das glândulas mais importantes do nosso corpo. É ela que regula a produção de hormônios que interferem no funcionamento de vários orgãos do corpo humano, como o coração, os rins, intestino e, no caso das mulheres, regula o ciclo menstrual. "Problemas na tireoide são muito comuns, principalmente o hipotireoidismo, a aparição de nódulos benignos e o hipertireoidismo. Na maioria dos casos, essas complicações podem ser tratadas sem maiores preocupações com a ajuda de um especialista", explica o endocrinologista Pedro Saddi, da Unifesp.

De acordo com a especialista, muitas pessoas não se dão conta da importância que a tireoide tem em nosso organismo, e acabam cometendo erros que podem levar a problemas sérios. "Pessoas saudáveis cometem a besteira de tomar remédios para hipotireoidismo, por exemplo, para ter o metabolismo acelerado e emagrecer mais rápido", explica o médico. Segundo ele, isso pode levar rapidamente a um quadro de hipertireoidismo, outra doença séria relacionada à tireoide.

 
oito dúvidas sobre a doença da tireoide. Ela não tem cura, mas tratamento garante qualidade de vida do paciente. De acordo com os resultados recentes do censo IBGE 2010, as doenças endócrinas, como diabetes, obesidade e disfunções na tireoide respondem pela segunda causa que mais mata mulheres no país (7,8%), atrás apenas das doenças cardiovasculares. A tireoide é uma glândula endócrina que existe para harmonizar o funcionamento do organismo. Localizada no pescoço, é responsável pela produção de dois hormônios o T3 (tri-iodotironina) e o T4 (tiroxina), que estimulam o metabolismo e interferem no desempenho de órgãos como coração e rins, chegando a alterar o ciclo menstrual.

Por toda essa importância, a glândula tireoide precisa estar em perfeita ordem. Quando isso não acontece, o próprio corpo dá o alerta. Os tipos mais comuns de disfunção da tireoide são:
1. hipertireoidismo (liberação de hormônios em excesso, que aceleram muito o metabolismo);
2.
hipotireoidismo (a glândula libera o T3 e o T4 em menor quantidade do que o necessário). No segundo caso e mais comum, o hipotireoidismo, os sintomas mais frequentes são desânimo, cansaço, sonolência, pele seca, inchaço dos olhos, lentidão física e mental. A doença costuma atingir vários membros de uma mesma família. Porém, o diagnóstico nem sempre é fácil, pois os sintomas podem ser atribuídos a outras doenças que se manifestam de forma semelhante, como depressão e anemia. A seguir, a endocrinologista Laura Ward, da Unicamp, esclarece oito dúvidas mais comuns sobre o hipotireoidismo. 

Cansaço - Foto: Getty Images
1.Os sintomas podem ser identificados com clareza?
Os sintomas, infelizmente, são pouco específicos e se instalam lentamente, o que pode confundir as pessoas. Além disso, podem atingir vários órgãos, pois a tireoide é importante para regular o funcionamento de alguns sistemas do corpo, como cardiovascular, gástrico e nervoso. São: sentir frio, mesmo quando a temperatura não está baixa; desânimo; falta de interesse de todos os tipos, incluindo interesse para atividades corriqueiras ou prazerosas; lentidão de fala, de pensamento e de batimentos cardíacos; problemas no intestino (constipação, prisão de ventre), lentidão de reflexos; pele ressecada; cabelos e unhas quebradiços.  
2.Por que o hipotireoidismo ocorre mais em mulheres e se manifesta predominantemente a partir de certa idade?
Não se sabe com exatidão por que o distúrbio afeta mais mulheres, mas acredita-se que um dos fatores seja a maior incidência, na fase da menopausa, da doença de Hashimoto ou tireoidite crônica, doença autoimune da tireoide em que o corpo produz anticorpos que atacam a tireoide, fazendo deste distúrbio a principal causa do hipotireoidismo. Durante o climatério, período em que as doenças autoimunes são mais frequentes, é possível que o metabolismo de hormônios, como estrógeno, esteja produzindo fatores desencadeantes para doenças autoimunes, entre as quais a doença de Hashimoto. 
3.Como saber se estou no grupo de risco da doença?
São fatores de risco para o hipotireoidismo: a existência de outras doenças autoimunes (lúpus, artrite reumatoide, vitiligo, diabetes de tipo 1), a presença de bócio (aumento de volume da tireoide) e a existência de doença de tireoide na família. 
Pescoço - Foto: Getty Images
4.Quais exames costumam ser feitos para o diagnóstico?
Eles devem ser feitos periodicamente? O exame mais comum para identificar os níveis dos hormônios da tireoide chama-se dosagem de TSH sérico. Recomenda-se que todas as pessoas acima de 60 anos realizem uma dosagem de TSH anual e que mulheres, particularmente aquelas que apresentam fatores de risco, dosem o TSH a partir dos 30 anos. Além disso, gestantes também devem realizar o exame periodicamente.  
5.O hipotireoidismo tem cura?
Não existe uma cura definitiva para a doença, mas o controle pode fazer com que o paciente leve uma vida normal. O tratamento mais comum é feito com reposição hormonal, geralmente com hormônio sintético da tireoide, em geral, na forma de comprimido, que deve ser tomado diariamente pelo resto da vida. Mas vale o alerta: se estiver com falta ou excesso de medicação, podem aparecer os sintomas opostos, de hipertireoidismo. Os mais comuns são: agitação física e mental, insônia, irritação e perda de peso. 
6.Quais são as possíveis consequências mais graves, se não houver tratamento?
A falta do hormônio tireoidiano pode levar ao coma mixedematoso, que é quando o paciente tem queda da temperatura corporal e ocorre a lentidão de todas as funções do organismo. Isso acarreta uma fragilização do sistema imune, facilitando a instalação de outras doenças, como pneumonia e infecções. O hipotireoidismo também pode afetar de forma importante o coração e os ossos, por isso é importante seguir o tratamento prescrito pelo médico.  
7.O hipotireoidismo provoca aumento de peso?
Existe uma relação complexa entre as doenças da tireoide, o peso corporal e o metabolismo. Os hormônios tireoidianos também regulam o metabolismo, e a taxa metabólica basal também pode diminuir na maioria dos pacientes com hipotireoidismo, devido à baixa nos hormônios. No entanto, esse ganho de peso é menor e menos dramático do que o ocorre nos pacientes com hipertireoidismo.  
8.O que é essencial para controlar o hipotireoidismo?
Se o paciente estiver com a medicação ajustada adequadamente, sua rotina não será muito afetada. A recomendação é a mesma válida para pessoas sem a doença, que é seguir hábitos de vida saudáveis. É fundamental manter uma alimentação equilibrada, rica em vegetais e frutas. Também é essencial praticar exercícios físicos regulares para a manutenção do peso para afastar a obesidade e seus efeitos negativos, como hipertensão, diabetes, aumento do colesterol e problemas cardiorrespiratórios. Não há grandes restrições em relação às atividades físicas, mas antes de começar a se exercitar o paciente deve sempre consultar seu médico.  

Fonte: Yahoo.com

quarta-feira, 18 de maio de 2011

OVULAÇÃO.

Métodos que indicam se há ovulação.
O momento de maior fertilidade da mulher.
O CONTROLE DA TEMPERATURA BASAL
Quando a mulher está para ovular acontece uma queda de temperatura do corpo – a temperatura sobe bruscamente quando ela para de ovular. A temperatura basal é aquela que a pessoa tem ao acordar depois de ter dormido bem uma noite inteira de sono tranquilo e por volta de 12 horas depois de ingerir a última refeição. A temperatura basal deve ser tirada sempre da mesma forma(via oral, vaginal ou retal) e no mesmo horário, tirada ao acordar, antes de levantar da cama, falar ou se mexer.

ANÁLISE DO MUCO CERVICAL.
O muco cervical é uma secreção eliminada pela vagina nos dias férteis, cuja aparência é transparente e a consistência é elástica como a da clara de ovo. A presença dessa secreção indica que a mulher está iniciando seu período fértil. Ocorre a ovulação quando o muco cervical torna-se mais abundante e elástico.

ULTRASSOM TRANSVAGINAL SEQUENCIAL
Com o exame de ultrassom transvaginal, é possível visualizar com perfeição se a mulher vai ovular, saber o número de óvulos que ela tem e também a possibilidade de eles serem expelidos. Esse exame deve ser realizado nos dias 13, 14 e 15 do ciclo menstrual.

TESTE DE OVULAÇÃO
Vendido em farmácias, esse teste detecta o aumento repentino do hormônio luteinizante (LD) na urina.
Pelo resultado da reação, sabe-se se haverá ou não ovulação – o pico do LH na urina indica que o processo de ovulação se produzirá entre 24 e 36 horas depois.

OS TIPOS DE PARTOS.

A natureza permite que a mãe tenha seu filho por meio de vários tipos de parto, alem do parto normal; a mulher deve estar ciente de todos eles e poder fazer sua escolha. Também deve saber que às vezes sua escolha não poderá ser realizada devido a imprevistos que costumam acontecer mesmo nas gestações mais bem planejadas.

PARTO NORMAL.
O parto normal tem todas as vantagens sobre o parto Cesário, que é um procedimento cirúrgico. A recuperação da mulher se dá mais rapidamente e há menos riscos de complicações para a mãe.
Um dos mitos que se cultiva sobre o parto normal é que ele sempre acontece sob fortes dores. As dores variam de pessoa para pessoa e hoje existem recursos médicos para aliviá-las. Há uma avaliação da dilatação do colo do útero. Em casos de dores intensas é aplicada uma anestesia peridural. A episiotomia – corte cirúrgico feito no perínco para aumentar o espaço para o bebê passar pela vagina – diminui as dores que a mulher venha a sentir durante o parto. Quando o colo do útero estiver completamente dilatado, as contrações forçam as paredes do útero a pressionar o bebê para fora, com a ajuda do esforço da mãe; então, o bebê é expulso, e o útero se contrai ainda mais para expulsar, por sua vez, a placenta.
São, então, dados os pontos para saturar o corte da episiotomia e aguarda-se sua cicatrização.

PARTO DE EMERGÊNCIA.
O parto de emergência ocorre quando, ao ser feito um parto normal, verifica-se que existe algum risco para a mãe ou para o bebê – então, faz-se uma cirurgia cesariana de emergência. Outro tipo de parto de “emergência” que costuma acontecer é quando a mãe começa a sentir sinais de que o bebê vai nascer antes do que ela espera e não há tempo de chegar a um hospital ou maternidade. Esse tipo de parto repentino acontece em casa e, muitas vezes, a caminho do hospital.

PARTO REPENTINO.
A mamãe começa a sentir contrações regulares e longas a cada dois minutos. A bolsa estoura. São anúncios de que o bebê vai nascer logo. Então, alguém que estiver junto da parturiente terá de realizar o parto. As contrações fazem dilatar o colo do útero. Quando este estiver completamente dilatado, vai permitir que o bebê escorregue pelo canal da vagina.
Para realizar o parto repentino, a pessoa deverá lavar bem com sabão e água, as mãos e os braços, providenciar panos limpos, uma tesoura esterilizada e pedaços limpos de barbantes para amarrar o cordão umbilical.
Quando a cabeça do bebê começar a aparecer na vagina ele está para nascer. As mãos ficam encostadas no bebê, somente como apoio, sem empurrar nem puxar; ele deve sair naturalmente. A mãe deve ficar numa posição confortável, com os joelhos e movimentar as pernas quando sentir as contrações, e com apoio nas costas.
A cada contração, a pessoa que estiver realizando o parto deve pedir a mãe que faça força para expelir o bebê, até que toda a cabeça passe pelo canal da vagina; as mãos devem continuar a apoiar a cabecinha do bebê; logo, todo o corpo deslizará para fora, e as mãos devem estar prontas para apoiá-lo inteiramente, com cuidado, pois ele estará escorregadio. Toalhas limpas são as melhores aliadas nessa hora. Não se vê mexer no cordão umbilical, ainda. Depois de mais algumas contrações, o cordão sairá junto com a placenta.
Assim que o bebê sair, o nariz e a boca dele devem ser limpos para que ele respire. Se perceber dificuldade para respiração, o bebê deve ser posto de cabeça para baixo ou deve-se praticar nele a respiração artificial, com cuidado. Quando tudo estiver bem, agasalhar bem o bebê e entregá-lo a mãe.
Depois do parto repentino, a mãe e o bebê devem ser levados a um hospital, para avaliação de suas condições, evitando dessa forma qualquer tipo de complicação.
O parto repentino deve ser evitado a todo custo. Quando estiver próximo da época para dar à luz, a mamãe deve ficar o mais perto possível da maternidade onde será realizado o parto. Endereços e telefones de hospitais e casas de saúde próximas devem ser anotados para qualquer emergência.

PARTO CESÁREA.
O procedimento para este tipo de parto é cirúrgico. A escolha desse tipo de parto se dá quando há razões para tanto, como bebê em posição invertida, pelve estreita em relação ao tamanho do bebê, parto de trigêmeos ou mais, diabetes da gestante, trabalho de parto muito demorado. Quando são dois os gêmeos é possível que nasçam ambos de parto normal, ou o primeiro de parto normal e o segundo de cesárea (quando as contrações que expulsam o primeiro bebê do útero não são suficientes para o segundo). Muitos dependem da situação na hora do parto.
Na cesárea, a mulher passa a ser uma paciente de uma cirurgia de grande porte, com riscos maiores de complicações na operação e no pós-cirurgico. A anestesia é a peridural ou a geral, se necessária – em ambas não há dor alguma e a paciente não acompanha o parto visualmente.
Na cirurgia, por meio de uma incisão de 10 centímetros feita acima da região dos pelos pubianos, o cirurgião corta sete camadas até chegar ao útero. O médico retira o bebê do útero; a placenta será tirada pela equipe; depois, o corte é fechado com pontos cirúrgicos.
Na cesariana, a recuperação da mamãe é bem mais lenta do que em qualquer outro tipo de parto, além do risco de infecção; é um tipo de parto que existe para salvar vidas, mas não deveria ser a primeira opção, como acontece em muitas regiões, por uma questão de comodidade e conveniência de mães, médicos e hospitais.

PARTO DE CÓCORAS.
As mulheres índias brasileiras dão a luz de cócoras; em nada difere do parto natural a não ser a posição: a mulher fica de cócoras na hora de ter o bebê. A posição é considerada a mais natural, pois favorece a mãe em comodidade, acompanha à posição em que ela fica deitada de costas; a própria lei da gravidade ajuda a forçar o bebê a sair do ventre.
Claro que esse tipo de parto, caso seja feito em casa, tem de ter a assistência de pessoas que ajudem a mãe a se manter na posição até o bebê nascer e é preciso maior cuidado de quem está aparando o bebê que está nascendo, que tem de estar com a cabeça para baixo (posição cefálica).
Esse tipo de parto é mais rápido que os demais, além disso, a recuperação da mãe dá-se logo em seguida.

PARTO COM FÓRCEPS.
Quando no parto normal ocorre de o bebê demorar a nascer e, havendo sofrimento e riscos para a mãe e para a criança, o obstetra usa o instrumento cirúrgico chamado fórceps para retirá-lo do canal de parto.

PARTO LEBOYER.
O nome deriva de um obstetra francês Frederick Leboyer, que nos 1970 introduziu alguns procedimentos no parto para tornar a hora de nascer menos violenta para o bebê.
O que Leboyer propôs foi realizar o parto com luzes rebaixadas, silencio completo durante o parto e, depois de o bebê nascer, banho dado pelo pai junto da mãe e colocação do bebê sobre o colo da mãe.

PARTO NA ÁGUA.
Esse tipo de parto se dá na água, isto é, a parte genital da mãe fica inteiramente mergulhada na água a 37º (a temperatura do corpo humano). A mãe fica apoiada na banheira, como no parto de cócoras, dentro de uma banheira.
A água morna relaxa a mãe enquanto alivia as dores das contrações, pois provoca o relaxamento muscular e a diminuição da pressão arterial. É um parto mais rápido e menos doloroso para a mãe. Para o bebê é mais tranquilo (menos traumático) porque há pouca mudança de ambiente: ele sai do ventre da mãe, mas continua mergulhando em líquido aquecido.

INDUÇÃO DO PARTO.
Às vezes acontece da gestação passar de 40 semanas e a gestante não ter sinais do parto eminente, então se procede a indução do trabalho de parto, que é acelerar o processo natural com medicamentos. Também se usa a indução quando há incompatibilidade de Rh, quando a continuidade da gestação expõe a criança aos anticorpos, à diabetes etc. O mesmo acontece quando ocorre o rompimento prematuro da bolsa d´água.  

PARTO DE URGÊNCIA.
O corpo de bombeiros mantém um site na internet muito completo e interessante, em que há instruções bem detalhadas e ilustradas para “socorro de emergência” e entre estes o “parto de urgência” – útil para todas as pessoas que convivem com gestantes e que emergencialmente, tenham de assisti-las. Esse é o link para a página HTTP:/WWW.bombeirosemergencia.com.br/partodeurgencia.htm

“Mãe é o nome de Deus nos lábios e corações das crianças pequenas.”
(William Makepeace Thackeray)

ÓLEO, AZEITE.

Como fica, na nossa dieta, a margarina, a manteiga, o óleo de cozinha comum e o azeite.
Um pouco de gordura é indispensável à vida. Em primeiro lugar porque ela compõe a membrana de todas as células do corpo. Também é fundamental para o aproveitamento de vitaminas. Isso sem falar que acrescenta sabor às preparações. Com tantos predicados, não poderia ficar de fora de uma dieta. No entanto, temos que concordar que as gorduras – lipídios, como preferem os especialistas – são os mais calóricos de todos os nutrientes. Somam 9 calorias por grama, contra 4 calorias por grama das proteínas e outras 4 por gramas de carboidratos. Portanto, são engordativas. E seu uso em excesso – principalmente quando é de origem animal – está associado ao aparecimento da aterosclerose. Por isso é tão importante pôr um limite.
RECOMENDAÇÕES:
Os especialistas indicam de 2 a 3 colheres de chá por dia. Além dos óleos de cozinha, entra o azeite, a margarina e a manteiga.
A tal gordura vinda dos animais atende pela alcunha de saturada. Em paises como a Polônia, que trocou a banha de porco por óleos vegetais nas preparações, houve declínio das doenças do coração. Apesar disso, a manteiga, que fornece o colesterol e a gordura saturada à beça, continua rainha absoluta em certas culinárias, principalmente entre os chefs franceses. Mas, na minha opinião, cada vez mais os franceses apelam para porções pequeninas. O segredo da saúde, como sempre, é a parcimônia.
Alem disso, o menu francês conta com um ingrediente que costuma regar saladas: o azeite de oliva. Ele é capaz de reduzir as frações do colesterol ruim, o LDL, porque esta cheio de gordura monoinsaturada, um tipo que só faz bem aos vasos. Apresenta, ainda, doses consideráveis de substancias fenólicas, aquelas que atrapalham a oxidação das gorduras e freiam a aterosclerose. Mas, no aspecto dos fenólicos, só vale ingerir o tipo extravirgem. Conheça algumas diferenças entre os azeites:
EXTRAVIRGEM: resulta da primeira prensagem de olivas selecionadas. Por isso concentra uma boa quantidade de substancias antioxidantes. Uma forma de se certificar sobre essa pureza é verificar o teor de acidez, que não deve ultrapassar o grau 1.
VIRGEM: ele é o produto da segunda prensagem das olivas. Daí que acaba perdendo um pouco de fenólicos, mas ainda concentra a benéfica gordura monoinsaturada. Sua acidez pode chegar até 2.
PURO AZEITE DE OLIVA: é simplesmente uma mistura de azeites. Aqui entram doses de extravirgem, virgem e ainda boas quantidades de óleo de oliva refinado. Parte da riqueza nutricional acaba indo embora.
Dos três tipos de azeite, não tenha a menor duvida de que o extravirgem leva vantagem, mas isso não significa que o puro faça algum mal. Afinal, ele continua sendo fonte de gordura monoinsaturada.
Outros óleos, como o de canola, o de girassol, o de soja e o de milho, são bem-vindos. Alem de fornecerem as benéficas monoinsaturadas, contêm gordura poliinsaturada. Esse nome esquisito também pode ser lido como ômega-3 e ômega-6, dupla que entra no rol de substancias protetoras do sistema cardiovascular.
Os rótulos, hoje, já apontam a quantidade de ômega. Portanto, escolha aqueles óleos que oferecem maiores teores dessas substancias. E, por falar em embalagem, não se impressione com o óleo “sem colesterol”, que nós encontramos pelas gôndolas. Isso não é vantagem nenhuma porque simplesmente nenhum óleo vegetal poderia ter colesterol. Se quiser saber quais seriam as verdadeiras  qualidades do produto, leia as letras miúdas das informações nutricionais.
Dê importância, por exemplo, as fitosteróis. Trata-se de um grupo de composto que compete com o colesterol para entrar nos receptores das células. Assim, a absorção de colesterol termina sendo prejudicada. Já é possível encontrar margarinas enriquecidas com essas substancias.
Por falar em margarina, se há algumas décadas ela expulsou a manteiga da mesa do café da manhã, hoje já não existe uma vantagem clara entre os dois ingredientes.
Isso por causa da gordura trans encontrada em muitas margarinas. Procure fugir daquelas marcas lotadas de trans – seus teores devem aparecer na embalagem com esse nome ou sob a alcunha de gordura hidrogenada. Essa substancia é fruto do processo de hidrogenação dos óleos, um recurso utilizado pela indústria para dar consistência e garantir boa textura aos produtos. O problema é que a gordura trans, como se descobriu há relativamente pouco tempo, é uma formadora de aterosclerose. Além de aumentar as frações do colesterol ruim no sangue, ela abaixa o HDL, ou seja, o bom colesterol. Cuidado!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

CIRROSE

O que é?
A cirrose é uma doença difusa do fígado, que altera as funções das suas células e dos sistemas de canais biliares e sanguíneos.
É o resultado de diversos processos, entre os quais, a morte de células do fígado e a produção de um tecido fibroso não funcionante. Isto prejudica toda a estrutura e o trabalho do fígado.
Como se adquire e como se desenvolve?
Após períodos variáveis de tempo, indivíduos com inflamações crônicas do fígado estão sujeitos a desenvolverem cirrose.
Não é possível prever quais as pessoas com doença de fígado que terão cirrose.
As causas mais comuns são:

As hepatites crônicas pelos vírus B e C
O alcoolismo.

Outras causas menos comuns são:

As hepatites por medicamentos;

 
Hepatite Autoimune;
 
Esteatohepatite não-alcoólica (NASH)
Doenças genéticas (Hemocromatose, Doença de Wilson);

A cirrose biliar primária ou secundária (dificuldade crônica, sem causa definida, do fluxo de bile desde o interior do fígado ou, eventualmente, após cirurgias complicadas da vesícula, das vias biliares ou do fígado).
Em recém-nascidos, a atresia de vias biliares (uma malformação dos canais que conduzem a bile do fígado ao intestino) é importante causa da rápida instalação de cirrose no bebê, situação curável apenas por cirurgia precoce ou transplante hepático.
O que se sente?
A doença se desenvolve lentamente e nada pode ser percebido por muitos anos. A cirrose por si mesma dificilmente causa sintomas em seu início, porém, com a evolução para estágios mais avançados, o insuficiente funcionamento do fígado leva ao aparecimento de diversas manifestações.
Dependendo do paciente e da causa da cirrose poderão ser predominantes sintomas de um ou mais grupos.
As alterações relacionadas aos hormônios são:

Perda de interesse sexual;
Impotência;
Esterilidade;
Parada das menstruações;
Aumento das mamas dos homens;
Perda de pelos.

As alterações relacionadas aos hormônios são:

Perda de interesse sexual;
Impotência;
Esterilidade;
Parada das menstruações;
Aumento das mamas dos homens;
Perda de pelos.

As alterações relacionadas à circulação do sangue no fígado (hipertensão da veia porta) levam a:

Aumento do baço
Varizes do esôfago e estômago com risco de hemorragias graves (vômito ou fezes com sangue)
Ascite (barriga d'água)
Devido à incapacidade do trabalho da célula hepática, acumula-se bile no sangue, surgindo a icterícia (amarelão), que pode estar associada à coceira no corpo.

Muitas outras alterações podem ocorrer, tais como:

Inchaço nas pernas;
Desnutrição (emagrecimento, atrofia muscular, unhas quebradiças);
Facilidade de sangramento (gengiva, nariz, pele);
Escurecimento da pele.

A Encefalopatia Hepática (EpH) – síndrome com alterações cerebrais decorrentes da má função hepática, produz:

Sonolência excessiva durante o dia e dificuldade de dormir a noite;
Agitação ou agressevidade no comportamento, dificuldade de escrever, de falar, de dirigir veículos, de cálculos simples.

Esta EpH tem vários graus e chegando ao coma, pode levar à morte. A encefalopatia pode ocorrer pela progressiva evolução da doença do fígado ou por intercorrências agudas de infecção, sangramento, excesso alimentar de proteínas ou constipação (dificuldade de evacuação).
Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico definitivo de cirrose é feito por biópsia hepática (obtida por punção do fígado com agulha especial) e análise microscópica do material obtido nesse exame. Em muitos casos, quando o paciente chega ao médico, seu quadro já é típico da doença e a avaliação complementar mais simples, com a ecografia , a endoscopia digestiva e alguns exames de sangue, é suficiente para estabelecer o diagnóstico clínico, dispensando a biópsia.
Quando existe uma história de uso excessivo de bebidas alcoólicas ou exames de sangue positivos para os vírus da hepatite B ou C fica facilitado o diagnóstico da causa da cirrose. Diversos outros exames estão disponíveis para investigação das causas menos comuns de cirrose.
Como se trata?
A suspensão do agente agressor (álcool, drogas) ou a eliminação/controle do vírus da hepatite pode desacelerar ou parar a evolução da doença, evitando as complicações mais graves. Entretanto, a cirrose avançada é um processo irreversível.
Cada uma das complicações da cirrose exige um tratamento específico, geralmente visando o controle de situações agudas como sangramentos, infecções, ascite ou encefalopatia. O transplante de fígado aparece como única opção de cura da doença, alcançando bons resultados. Ainda é um tratamento difícil de ser conseguido pela falta de doadores, complexidade da cirurgia e do controle ao longo prazo da rejeição.
Como se previne?
A melhor prevenção das cirroses de origem viral é através da vacinação contra Hepatite B, dos rigorosos critérios de controle do sangue usado em transfusões, do uso de preservativos nas relações sexuais e do uso individualizado de seringas pelos usuários de drogas injetáveis. Destas formas, a cirrose causada pelas hepatites B e C podem ser minimizadas.
É necessário o tratamento dos portadores das hepatites crônicas B e C, antes que evoluam para cirrose. E nos portadores de cirrose inicial, para prevenir que cheguem a estágios mais avançados.
No caso do álcool, deve-se evitar o seu uso excessivo. É exigida a parada total do seu consumo em indivíduos com hepatite B ou C.
Apesar de apenas uma minoria das pessoas que bebem demais terem cirrose, o risco aumenta proporcionalmente à quantidade e ao tempo de consumo. Não é possível precisar que quantidade de álcool causará cirrose em determinada pessoa, entretanto, doses acima de 20g de álcool por dia, o equivalente a duas latas de cerveja ou duas taças de vinho, ou duas doses de destilado, são suficientes para, em certos homens, causar doença. Em mulheres, a metade desta dose, ou seja, 10 gramas de álcool por dia, já pode provocar cirrose.
Deve-se lembrar que pessoas aparentemente “resistentes” ao álcool, ou seja, que ingerem frequentemente bebidas, porém não ficam embriagadas (bêbadas), podem não ter o fígado tão resistente, e desenvolver cirrose sem nunca terem ficado bêbadas.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
O que posso fazer para a doença não piorar?
Cirrose é um tipo de câncer?
Tenho risco de ter câncer por causa da cirrose?
Eu sou candidato a transplante de fígado?
Devo usar sempre os remédios? E quando acabar a receita?
Essa doença interfere em remédios que estou usando ou que precise usar por outros motivos?
O que posso usar para dor de cabeça ou gripe?
Devo mudar alguma coisa na minha rotina para lidar com a cirrose?

Fonte: ABC da saúde.

Hepatite C

Sinônimos:
amarelão ; derrame de bile;
O que é?
É uma inflamação do fígado causada pelo Vírus da Hepatite C (HCV).
Como se adquire?
Situações de risco são as transfusões de sangue, a injeção compartilhada de drogas e os acidentes profissionais.
Portanto, podemos nos contaminar com o vírus da Hepatite C ao termos o sangue, as mucosas ou a pele não íntegra atingida pelo sangue ou por secreção corporal de alguém portador do HCV, mesmo que ele não se saiba ou não pareça doente.
A transmissão sexual do HCV não é freqüente e a transmissão da mãe para o feto é rara (cerca de 5%). Não são conhecidos casos de transmissão de hepatite C pelo leite materno. Apesar das formas conhecidas de transmissão, 20 a 30% dos casos ocorrem sem que se possa demonstrar a via de contaminação.
O que se sente e como se desenvolve?
Diferentemente das hepatites A e B, a grande maioria dos casos de Hepatite C não apresenta sintomas na fase aguda ou, se ocorrem, são muito leves e semelhantes aos de uma gripe. Já há tratamento para a fase aguda da Hepatite C, diminuindo o risco de cronificação. Por isso pessoas suspeitas de terem sido contaminadas merecem atenção, mesmo que não apresentem sintomas.
Mais de 80% dos contaminados pelo vírus da hepatite C desenvolverão hepatite crônica e só descobrirão que tem a doença em exames por outros motivos, como por exemplo, para doação de sangue. Outros casos, aparecerem até décadas após a contaminação, através das complicações: cirrose em 20% e câncer de fígado em 20% dos casos com cirrose.
Como o médico faz o diagnóstico?
Na fase antes do aparecimento das complicações, exames de sangue realizados por qualquer motivo, podem revelar a elevação de uma enzima hepática conhecida por TGP ou ALT. Essa alteração deve motivar uma investigação de doenças hepáticas, entre elas, a Hepatite C. A pesquisa diagnóstica busca anticorpos circulantes contra o vírus C (Anti-HCV). Quando presentes, podem indicar infecção ultrapassada ou atual. A confirmação de infecção atual é feita pela identificação do vírus no sangue, pelo método da Reação da Cadeia da Polimerase (PCR RNA-HCV). Com a evolução, aparecem alterações de exames de sangue e da ecografia (ultrassonografia) de abdome.
Muitas vezes o médico irá necessitar de uma biópsia hepática (retirada de um fragmento do fígado com uma agulha) para determinar a grau da doença e a necessidade ou não de tratamento. São realizados também a detecção do tipo de vírus (genotipagem) e da quantidade de vírus circulante (carga viral), que são importantes na decisão do tratamento.
Como se trata?
Nos raros casos em que a hepatite C é descoberta na fase aguda, o tratamento está indicado por diminuir muito o risco de evolução para hepatite crônica, prevenindo assim o risco de cirrose e câncer. Usa-se para esses casos o tratamento somente com interferon por 6 meses.
O tratamento da Hepatite Crônica C vem alcançando resultados progressivamente melhores com o passar do tempo. Enquanto até há poucos anos alcançava-se sucesso em apenas 10 a 30% do casos tratados, atualmente, em casos selecionados, pode-se alcançar até 90% de eliminação do vírus (Resposta Viral Sustentada). Utiliza-se uma combinação de interferon (“convencional” ou peguilado) e ribavirima, por prazos que variam de 6 a 12 meses (24 a 48 semanas). O sucesso do tratamento varia principalmente conforme o genótipo do vírus, a carga viral e o estágio da doença determinado pela biópsia hepática.
Pacientes mais jovens, com infecção há menos tempo, sem cirrose, com infecção pelos genótipos 2 e 3 e com menor carga viral (abaixo de 800.000 Unidades/mL) tem as melhores chances de sucesso. O novo tipo de interferon, chamado interferon peguilado ou “peg-interferon” é uma alternativa que vem alcançando resultados algo superiores aos do interferon convencional especialmente para portadores do genótipo 1 e pacientes com estágios mais avançados de fibrose na biópsia.
Os efeitos indesejáveis (colaterais) dos remédios utilizados em geral são toleráveis e contornáveis, porém, raramente, são uma limitação à continuidade do tratamento. A decisão de tratar ou não, quando tratar, por quanto tempo e com que esquema tratar são difíceis e exigem uma avaliação individualizada, além de bom entendimento entre o paciente e seu especialista.
Novas alternativas terapêuticas vêm surgindo rapidamente na literatura médica. Além de novas medicações, a adequação do tempo do tratamento a grupos de pacientes com características diferentes poderá melhorar ainda mais os resultados alcançados com as medicações atualmente disponíveis. Estudos vêm mostrando que, para alguns pacientes, com características favoráveis, tempos mais curtos de tratamento possam ser suficientes, enquanto que pacientes com menor chance de resposta e, possivelmente, aqueles que não responderam a tratamentos anteriores, possam se beneficiar com tempos maiores de tratamento.
Como se previne?
A prevenção da hepatite C é feita pelo rigoroso controle de qualidade dos bancos de sangue, o que no Brasil, já ocorre, tornando pequeno o risco de adquirir a doença em transfusões. Seringas e agulhas para injeção de drogas não podem ser compartilhadas. Profissionais da área da saúde devem utilizar todas as medidas conhecidas de proteção contra acidentes com sangue e secreções de pacientes, como o uso de luvas, máscara e de óculos de proteção. O uso de preservativo nas relações sexuais com parceiro fixo não é indicado para prevenção da transmissão da hepatite C.

Fonte: ABC da saúde.

Hepatite B

HEPATITE B
Sinônimo/nomes populares
Amarelão, derrame de bile
O que é?
É uma inflamação do fígado causada pelo vírus da Hepatite B (HBV).
Como se adquire?
Transfusões de sangue foram a principal via de transmissão da doença, circunstância que se tornou rara com a obrigatória testagem laboratorial dos doadores e rigoroso controle dos bancos de sangue. Atualmente, o uso compartilhado de seringas, agulhas e outros instrumentos entre usuários de drogas, assim como relações sexuais sem preservativo (camisinha) são as formas mais frequentes de contaminação na população.
O contato acidental de sangue ou secreções corporais contaminadas pelo vírus, com mucosa ou pele com lesões também transmitem a doença.
Gestantes (grávidas) portadoras do vírus podem transmitir a doença para os bebês, sendo o momento do nascimento, seja por parto normal ou por cesariana o principal momento de risco para a transmissão.
O que se sente e como se desenvolve?
Assim como em outras hepatites, muitas pessoas não apresentam sintomas e descobrem que são portadoras do vírus, em atividade ou não, em exames de rotina. Quando presentes os sintomas ocorrem em fases agudas da doença e são semelhantes aos das hepatites em geral, se iniciando com:

mal-estar generalizado
dores de cabeça e no corpo
cansaço fácil
falta de apetite e náusea
febre.

Após, surgem tipicamente

coloração amarelada das mucosas e da pele (icterícia)
coceira no corpo
urina escura (cor de chá escuro ou coca-cola)
fezes claras (cor de massa de vidraceiro).

Ao final de 10 a 15 dias os sintomas gerais diminuem muito, mesmo na vigência da icterícia, que tende a desaparecer em 6 a 8 semanas em média. A resolução da doença ocorre em mais de 95% adultos que adquirem hepatite. Após a fase aguda, que pode passar desapercebida, 1 a 5% dos adultos não se curam da infecção e ficam com hepatite crônica. Desses, 25 a 40% podem desenvolver cirrose e câncer de fígado ao longo de décadas. Em crianças o risco da doença tornar-se portador de hepatite crônica é bem maior, cerca de 90% em recém nascidos e 50% da infância.
A forma clínica mais grave, chamada de hepatite fulminante, na qual há elevado risco de morte, ocorre em menos de 1% dos pacientes que adquirem o vírus.
O risco de doença crônica com má evolução é maior em quem usa bebida alcoólica, em bebês que adquirem a doença no parto e em pessoas com baixa imunidade (pacientes com AIDS, em quimioterapia, ou submetidos a transplante de órgãos, por exemplo).
Como o médico faz o diagnóstico?
Os sintomas não permitem identificar a causa da hepatite. Hepatites em adultos, especialmente se usuários de drogas injetáveis, homossexuais ou pessoas com muitos parceiros sexuais levantam a suspeita de hepatite B.
A confirmação diagnóstica é feita por exames de sangue, onde são detectados anticorpos ou partículas do vírus da hepatite B. O exame central no diagnóstico da hepatite B crônica é o chamado antígeno de superfície do vírus B (HBsAg), que quando reagente (positivo) indica a presença do vírus e possibilidade de transmisão. A quantificação do vírus (HBV-DNA quantitativo, também chamado PCR quantitativo), realizada também por exame de sangue, é usada para confirmação da atividade do vírus e é fundamental na definição da necessidade e monitorização do tratamento.
A biópsia hepática (retirada de pequeno fragmento do fígado com uma agulha fina para análise microscópica) pode ser necessária para avaliar o grau de comprometimento do fígado e a necessidade de tratamento.
Como se trata?
A hepatite B aguda não requer tratamento medicamentoso específico. Remédios para náuseas, vômitos e coceira, bem como administração endovenosa de líquidos (soro) podem ser usados ocasionalmente.
O repouso no leito não deve ser exigido uma vez que não afeta a evolução para hepatite crônica ou fulminante. A ingestão de álcool em qualquer quantidade é proibida.
O uso de qualquer medicamento deve ser avaliado pelo médico, já que muitos necessitam de um bom funcionamento do fígado para seu desempenho. A forma fulminante da hepatite aguda exige cuidados intensivos em hospital, podendo necessitar de transplante hepático de urgência.
Muitos casos de hepatite crônica B necessitam tratamento para evitar a evolução da doença e o risco de desenvolver cirrose e suas complicações. Os tratamentos podem ser divididos em dois grupos: o primeiro, formado pelo interferon e pelo interferon peguilado é injetável por via subcutânea, e o segundo, formado pelas medicações de uso oral. Os interferons, tem a vantagem de ser a única opção com prazo definido de tratamento, geralmente cerca de um ano. Entretanto, a quantidade de pacientes com resposta ao uso do interferon na hepatite B é reduzido, geralmente abaixo de 15-20%. Além disso, os efeitos adversos restringem o uso do interferon a casos selecionados com maior chance de resposta.
A maioria dos indivíduos que necessitam tratamento são candidatos ao uso por prazo indeterminado de uma medicação oral. Os agentes atualmente disponíveis são a lamivudina, o adefovir, o entecavir e o tenofovir. Devido ao menor desenvolvimento de resistência, o entecavir e o tenofovir tem sido as medicações preferenciais para novos tratamentos. Para pacientes já em tratamento com os outros agentes, o acréscimo de mais uma medicação deve ser discutido individualmente com o seu médico. O tratamento por via oral costuma ser bem tolerado, e com poucos efeitos adversos.
Como se previne?
A vacina para hepatite B deve ser feita em todos os recém-nascidos, iniciando o esquema vacinal já no primeiro mês de vida. Adultos não vacinados e que não tiveram a doença também podem fazer a vacina, que está especialmente recomendada a pessoas que cuidam de pacientes, a profissionais da área da saúde, aos portadores do vírus da hepatite C, alcoolistas e a indivíduos com quaisquer outras doenças hepáticas. Deve-se usar luvas, máscara e óculos de proteção quando houver possibilidade de contato com sangue ou secreções corporais.
Pessoas que tiveram exposição conhecida ao vírus (relação sexual com indivíduo contaminado, acidente com agulha) devem receber uma espécie de soro (imunoglobulina) nos primeiros dias após o contato, o que pode diminuir a chance ou, pelo menos, a intensidade da doença. Recém-nascidos de mães com hepatite B devem receber imunoglobulina específica e vacina imediatamente após o parto para diminuir o risco do bebê desenvolver a doença. O tratamento da mãe para diminuir o risco de transmissão deve ser discutido individualmente com o especialista.
ATENÇÃO
Nas relações sexuais, é fundamental uso de preservativo (camisinha). A chance de pegar hepatite B numa relação desprotegida é bem maior do que a de pegar AIDS.
Qualquer forma de relação sexual pode transmitir hepatite B.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Qual o tipo de hepatite que eu tenho?
Como se pega? Há risco para as pessoas que vivem perto de mim?
Quanto tempo vou levar para ficar bom?
Essa doença tem cura ou vou ficar com hepatite crônica?
O tratamento com remédios é necessário?
O remédio funciona em todos?
Quais os efeitos adversos (colaterais) do tratamento?
Há risco de cirrose? E de câncer?
Existe vacina para hepatite? Adiantaria eu ou as pessoas próximas a mim fazerem agora?

Fonte: ABC da saúde.

HEPATITE A

HEPATITE A
Sinônimos:
Amarelão, derrame de bile.
O que é?
É uma inflamação do fígado (hepatite) causada por um vírus chamado Vírus da Hepatite A (HAV). Pelo seu modo de transmissão, esse tipo de hepatite é típico de áreas menos desenvolvidas, com más condições de higiene e falta de saneamento básico. Nesses locais, incluindo a maior parte do Brasil, predomina em crianças pequenas (2 à 6 anos), porém, indivíduos que não tiveram a doença quando crianças, podem adquiri-la em qualquer idade.
Como se adquire?
Ocorre pela via chamada fecal-oral, na maioria das vezes com fezes de pacientes contaminando a água de consumo e os alimentos. Pode ocorrer também entre pessoas que utilizam piscinas com água mal tratada e compartilham toalhas e lençóis imperceptivelmente contaminados por fezes, por exemplo. Não raro ocorrem surtos em acampamentos ou em grupos que realizam caminhadas e trilhas e utilizam água de rio, lagos ou poços para consumo. Essas águas não tratadas podem estar aparentemente limpas, porém contaminadas.
O que se sente e como se desenvolve?
Os sintomas iniciais são variáveis, podendo ocorrer mal estar generalizado, dores no corpo, dor na parte direita superior do abdome, dor de cabeça, cansaço fácil, falta de apetite e febre.
Após, surgem, tipicamente, a coloração amarelada da mucosa e da pele, a icterícia.
A urina fica escura, amarronzada, semelhante a chá forte ou coca-cola, e, as vezes, referida como avermelhada. As fezes claras podem ficar tão claras quanto massa de vidraceiro.
Uma coceira pelo corpo (prurido) sucedida por marcas de coçadura e não antecedidas por lesões de pele ocorre em alguns casos.
A evolução geralmente é benigna, com alívio dos sintomas em 2 a 3 semanas.
A resolução total e cura ocorrem em torno de 2 meses.
Durante a recuperação podem haver uma ou duas recaídas dos sintomas e das alterações dos exames, o que não prejudica a recuperação total do paciente.
Excepcionalmente, em menos de 1% dos casos, acontece a evolução para forma fulminante, na qual há rápida perda da função do fígado, colocando o paciente em grande risco de morte.
Não existe forma crônica de Hepatite A, ou seja, exceto os poucos casos fatais associados à forma fulminante, o paciente fica curado, sem seqüelas e imunizado contra futuras exposições ao vírus. Cabe mencionar que muitas pessoas não apresentam sintomas e só descobrem que tiveram a doença por exames de sangue casuais.
Como o médico faz o diagnóstico?
Juntando as queixas e os achados do exame clínico, o médico suspeita do diagnóstico que é confirmado por exames de sangue onde se detectam alterações hepáticas e anticorpos da fase aguda da doença pelo vírus da Hepatite A.
Alguns resultados desses exames iniciais e de seus controles podem revelar uma tendência para a forma de evolução desfavorável, a forma fulminante.
Como se trata?
Não há medicação específica. Quando necessário, usam-se remédios contra enjôo, dor e febre.
Repouso estrito não é necessário, cabendo ao paciente respeitar os limites conforme sua tolerância.
Não cabem restrições alimentares, a comida pode ser normal. Deve-se evitar, no entanto, o consumo de álcool e de qualquer medicações sem orientação médica.
Certas pessoas, devido ao mal estar e à náusea, não conseguem manter uma ingesta mínima de água e alimentos, necessitando de hidratação intravenosa (soro) e, por vezes, alguns dias de internação hospitalar.
Os raros casos de Hepatite A fulminante podem necessitam de cuidados hospitalares e intensivos e podem requerer transplante de fígado como única forma de tratamento.
Como se previne?
O vírus A é eliminado pelas fezes na fase de incubação e nos primeiros 10 dias de icterícia. As fezes contaminam as águas que, se não tratadas, ao serem usadas para lavar alimentos, utensílios e para o próprio banho levam a doença a novos indivíduos.
É importante portanto, o uso de água tratada ou fervida para fins alimentares, além de seguir recomendações quanto a proibição de banhos em locais com água contaminada e o uso de desinfetantes em piscinas.
Indivíduos expostos ao vírus da Hepatite A, há menos de 15 dias e ainda sem sintomas, podem ser tratados com injeção de anticorpos (imunoglobulina), tentando prevenir ou amenizar a doença.
VACINAS
A A vacina para Hepatite A é recomendável para todas crianças a partir de 1 ano de idade. Indivíduos não vacinados na infância e que viajam ou vivem em áreas onde a Hepatite A é muito freqüente, como o norte do Brasil e países tropicais não desenvolvidos, ou que, eventualmente, consomem água não tratada, devem ser vacinado. Grupos de alto risco como crianças e adultos que vivem em creches, asilos ou prisões, homo e bissexuais, usuários de drogas, pacientes com doença hepática crônica, portadores do HIV ou doenças da coagulação também devem ser vacinados.
A aplicação da vacina é útil em profissionais da área da saúde com potencial contato com pacientes ou material contaminado.
Trabalhadores da indústria alimentícia, uma vez vacinados, evitam a transmissão do vírus através dos alimentos que preparam.
A vacina é bem tolerada, sendo raros os eventos adversos significativos. São necessárias duas doses da vacina, com intervalo de 60 dias entre as aplicações.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Qual o tipo de hepatite que eu tenho?
Como se pega? Há risco para as pessoas que vivem perto de mim?
Quanto tempo vou levar para ficar bom?
Essa doença tem cura ou vou ficar com hepatite crônica?
O tratamento com remédios é necessário?
O remédio funciona em todos?
Quais os efeitos adversos (colaterais) do tratamento?
Há risco de cirrose? E de câncer?
Existe vacina para hepatite? Adiantaria eu ou as pessoas próximas a mim fazerem agora?

Fonte: ABC da saúde.

Leucemia

O que é isso?

Quando as células sanguíneas imaturas (blastos) proliferam, isto é, reproduzir descontroladamente na medula óssea e construir lá e em sangue, conseguiu substituir as células normais. Este crescimento descontrolado é chamado leucemia .

Causas

A causa da leucemia é desconhecida na maioria dos casos. No entanto, é mostrado que não é uma condição hereditária ou contagiosa. Na maioria das vezes ocorre em crianças saudáveis ​​previamente. Sendo uma proliferação de células imaturas e anormais no sangue, a leucemia é considerado um "câncer no sangue".

Os sintomas da leucemia

Os sintomas iniciais incluem apetite, cansaço e febre baixa intermitente. Conforme a doença progride, há dor nos ossos, como resultado da multiplicação das células leucêmicas na medula óssea. Ela também aparece anemia, cujas características são palidez, fadiga e tolerância ao exercício pobres, o resultado da diminuição das células vermelhas do sangue.
Além disso, a redução do número de plaquetas causa hemorragia e manchas na pele (petéquias) ou grandes hematomas, como resultado de hemorragia causada por acidentes vasculares cerebrais menores. Além disso, pode haver sangramento pelo nariz, boca ou reto. Um dos mais grave é o sangramento que ocorre no cérebro, que pode ocorrer se a contagem de plaquetas diminuiu com a grave. Outra possível conseqüência é a diminuição do número de glóbulos brancos (leucócitos), uma situação que afeta as defesas da criança contra a infecção.

Tipos de leucemia

Existem quatro tipos principais de leucemia , conhecida como uma função da taxa de progressão e ao tipo de células brancas do sangue que elas afetam. Leucemias Agudas progridem rapidamente, leucemia crônica desenvolve-se lentamente. A leucemia linfática afetam os linfócitos, leucemia mielóide aguda (mielóide) afetam as células mielóides. Transformar células mielóides em granulócitos, outra maneira de se referir aos neutrófilos.

    Diagnóstico

    É difícil fazer o diagnóstico de leucemia quando ela começa, porque os sintomas iniciais são semelhantes aos de outras doenças típicas da infância. Estes sintomas são cansaço, falta de apetite e febre intermitente. É devido a esta situação que muitas vezes os pais se culpam pela demora no diagnóstico, quando o médico ainda é difícil reconhecer esta situação na sua primeira fase.

    Tratamentos

    O tratamento recomendado para este tipo de condição é a quimioterapia. Neste medicamentos especiais são usados ​​para vários destruir células leucêmicas. Este tratamento tem três fases: indução da remissão, consolidação e manutenção. Na fase de indução da remissão, que dura 4-5 semanas, tentando destruir o maior número de células malignas. Quando ocorre a remissão, ou seja, o controle temporal da doença, a criança geralmente parece normal, porque os sintomas da leucemia desapareceram. Às vezes é só a remissão parcial, por este motivo, alguns não desaparecem completamente. Apenas uma pequena percentagem dos familiares não podem entrar em remissão. A fase de consolidação dura 2-3 semanas, enquanto a manutenção é realizada para completar três anos de tratamento.

    Fonte: DMedicina.