sexta-feira, 15 de abril de 2011

HIPERTENSÃO

Ao redor do planeta, 600 milhões de indivíduos vivem com a pressão nas alturas.

“A hipertensão é uma doença complexa caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial acima dos valores considerados normais” – é assim que o cientista britânico J. D. Swales, um dos cardiologistas mais respeitados no mundo, define o mal. Ou seja, hoje é considerado hipertenso quem tem pressão acima de 14 por 9. No entanto, daqui a algum tempo pode ser que essa informação se torne ultrapassada. Isso porque a classificação da hipertensão vive mudando. Nos anos 1960, a medicina só classificava como alta aquela pressão igual ou acima de 18 por 11. Já na década de 1990, essa medida baixou para 16 por 9,5. E agora esta menor ainda. É que a ciência não se cansa de rever estudos epidemiológicos para estabelecer elos entre os valores da pressão e o risco de doenças.
MEDIDA CERTA
A última diretriz da Sociedade Brasileira de Hipertensão é de 2002.
Veja em qual grupo você se encaixa.

CLASSIFICAÇÃO   SISTOLICA (máxima)    DIASTÓLICA (mínima)
Pressão ótima <12<8
Normal  <8,5
Limítrofe de 13 a 13,9de 8,5 a 8,9
HIPERTENSÃO
Leve (estagio 1) de 14 a 15,9de 9 a 9,9
Moderada (estagio 2)  de 16 a 17,9 de 10 a 10,9
Grave (estagio 3) >180>110

Quem se encaixa na classificação de limítrofe deve tomar cuidado redobrado para não acabar no grupo dos que tem pressão alta pra valer. Praticar atividade física regularmente e zelar por uma alimentação saudável – adotando os conceitos do programa DASH inclusive – é o melhor caminho para evitar a evolução do quadro.
Como muitas doenças, a hipertensão é resultado de fatores ambientais somados a uma predisposição genética. Nós sabemos que filhos de hipertensos têm cerca de 30% de chances de se tornarem hipertensos também. Esses indivíduos são muitos mais sensíveis àqueles gatilhos que levam a pressão a subir. Neles há por natureza um desequilíbrio no sistema que faz os vasos sanguinios se contraírem e se relaxarem. Isso é, em seu organismos aquelas substancias que deixam as artérias numa situação de aperto – como a noradrenalina e a angiotensina -  são por natureza muito mais atuantes do que outras moléculas, capazes de relaxar veias e artérias – o óxido nítrico e a bradicinina, por exemplo. Assim aumenta a resistência à passagem de sangue, o que provoca o aumento da pressão.
Em apenas 5% dos casos a hipertensão é conseguencia de outros males, em vez de ser causada por esse desequilíbrio químico. E ai o que costuma estar por trás são tumores nas glândulas supra renais, um estreitamento congênito da artéria aorta ou, ainda, doenças renais. Isso porque, quando os rins são afetados por qualquer distúrbio, deixam de filtrar o sangue direito, provocando uma retenção de líquidos que, por si só, já provoca u aumento da pressão arterial. Sem contar que o mau funcionamento dos rins também prejudica o balanceamento entre o sódio e o potássio presentes na circulação. A dupla de minerais esta intimamente ligada à constrição, ou não, das artérias. E então... Você já deve presumir  o que acontece.
CLASSIFICAÇÃO   SISTOLICA (máxima)    DIASTÓLICA (mínima)
Pressão ótima <12<8
Normal  <8,5
Limítrofe de 13 a 13,9de 8,5 a 8,9
HIPERTENSÃO
Leve (estagio 1) de 14 a 15,9de 9 a 9,9
Moderada (estagio 2)  de 16 a 17,9 de 10 a 10,9
Grave (estagio 3) >180>110

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