sexta-feira, 29 de julho de 2011

HIPERTENSÃO: NO FATOR TEMPO.

A pressão tende a subir com os anos. 
Mas é bom que se diga: hipertensão,
hoje é um problema que não olha idade.
A fórmula sedentarismo mais dieta não balanceada e cheia de calorias não resulta apenas em quilos extras, ela é a culpada pelo crescimento espantoso de casos de hipertensão na infância. Estima-se que 5% da criançada brasileira tenham pressão alta. Aí, na maioria das vezes, a saída é clara: emagrecer. Estudos mostram que abaixar o ponteiro da balança significa abaixar, também, o do medidor de pressão. E isso, por sua vez, é a garantia de um futuro saudável. Porque, sim, a pressão de todos nós, por mais baixa que seja, tende a se elevar com o tempo. É inexorável. Se ela está alta desde cedo, vai longe. Então, quanto mais começarmos a praticar exercícios e adotarmos bons hábitos à mesa, dando preferência a alimentos que ajudem a manter a pressão nos eixos, tanto melhor.
A partir dos 3 anos de idade, principalmente para os pequenos gorduchos, já é necessário medir a pressão. Claro, os valores normais para uma criança são diferentes daqueles para adultos. O pediatra precisa consultar uma tabela, que considera a estatura, o peso e o sexo antes de chegar a qualquer conclusão. É deve usar um medidor adequado ao tamanho do paciente. Existem até mesmo bebês hipertensos. Mas ai são aqueles casos mais raros de quem já nasce com um estreitamento BA aorta – principal artéria do corpo humano -, congestionando o tráfego do sangue.
Uma curiosidade: tudo indica que o baixo peso ao nascer um seja fator de risco para a pressão alta. O fato é que, para qualquer criança, a prevenção começa no berço, ou melhor, no peito. O aleitamento materno afasta a ameaça de hipertensão nos anos seguintes e disso ninguém duvida. Essa relação já esta bem estabelecida por inúmeros estudos científicos, embora nenhum deles tenha conseguido até o momento elucidar os mecanismos de ação do leite materno diretamente sobre os sistema de vasos dos pequenos. Não custa lembrar que a amamentação se torne ainda mais importante para os filhos de hipertensos, fortes candidatos a desenvolver o mesmo problema.
E nem mesmo quem tem pressão normal – os médicos, chamamos essas pessoas de normotensas – pode relaxar de vez, achando que nasceu com sorte ou algo assim. Para se ter idéia, a partir dos 65 anos aumentam em 50% as chances de surgir a hipertensão. Em qualquer individuo, é preciso frisar. O estilo de vida ao longo da juventude ajuda a determinar as novas medidas da pressão na maturidade.
A alimentação, sem sombra de duvida, tem um grande papel nessa historia. Vamos pegar por exemplo dos índios ianomâmi, que pareciam estar longe do perigo da pressão alta. Há 40 anos eles praticamente não punham sal na boca, um ianomâmi consome cerca de 100 vezes mais ingredientes do que no passado. E o preço é salgado: se antes esse povo nunca apresentava pressão alta, nem sequer na mais avançada idade, hoje já encontramos diversos casos de hipertensão entre índios sexagenários.
O tabagismo é outra maneira de caminhar no sentido da hipertensão. Se o sujeito passa a vida fumando, os pobres vasos sanguíneos sofrem um estresse abusivo. O endotélio, sua parede interna – lembra-se? -, deixa de produzir substancias protetoras. E esses tubos de circulação perdem parte da capacidade de se dilatar.

NEM TODO IDOSO É HIPERTENSO!
Apesar de a pressão sempre aumentar um pouco com a idade, não significa que todos com mais de 65 anos são hipertensos. Até porque tudo depende do ponto de partida, ou seja, de como andou a pressão na juventude. Mas há casos interessantes de pseudo-hipertenso – e provavelmente você nunca ouviu falar disso.
Conforme o tempo passa, há um enrijecimento natural das artérias. O coração, então, tem que bater com mais vigor para vencer a resistência dos vãos endurecidos. Se a pressão arterial é medida e os valores alcançam até 18 por 9. Isso, porém, pode não passar de impressão, porque o que acontece dentro dos vasos é outra historia.
A prova dos nove em casos assim seria verificar a pressão dentro da artéria por meio de cateter – ou seja, seria submeter o paciente a uma punção da artéria. É um exame invasivo que necessita de anestesia local – e por isso mesmo muitos sentem medo. Mas pode valer a pena. Por causa de uma falsa hipertensão, muitos idosos tomam medicamentos sem a menor necessidade. E, pior, com freqüência acabam com aqueles sintomas de pressão baixa em decorrência desses remédios – moleza, indisposição e sonolência, entre outros. A qualidade de vida vai para o espaço e eles passam boa parte do tempo sentados ou deitados, prostrados.

Fonte: Saúde é vital.

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