segunda-feira, 25 de julho de 2011

CORAÇÃO.

A máquina que nunca pára.

Ele pesa o mesmo do que um mamão papaia, ou seja, de 80 a 300 gramas. Seu formato, porém, lembra mais o de uma jaca, apesar de não medir mais do que uns 8 centímetros de largura por 12 de altura. E sua função é ser um grande fornecedor. O coração trabalha incessantemente para fornecer ao organismo todo oxigênio e uma série de substancias de que ele precisa para manter cada uma de suas células. Nenhum canto do corpo funcionaria direito sem essa prestação de serviço. Para isso, o mais famoso dos nossos músculos funciona como uma espécie de bomba, enviando sangue para todos os lugares. São de 60 a 80 pulsações por minuto. Portanto, em um único dia somam-se cerca de 100 mil batimentos. E cada um deles irriga do topo da cabeça até a ponta do pé, em um ciclo que só dura um ínfimo segundo.
O próprio coração é um dos que mais requerem sangue. Afinal, seu trabalho é duro e ele precisa esta muito bem oxigenado. O músculo cardíaco, também chamado miocárdio, é repleto de vasos para atender sua demanda. Ele se divide em câmaras, que são chamadas de ventrículos e átrios. Do lado esquerdo, onde a batida é mais forte, o sangue sai cheio de oxigênio para a longa viagem pelo organismo. O lado direito não é assim tão possante. Dali o sangue, que já circulou e descarregou seu oxigênio pelo corpo inteiro, vai para os pulmões, onde será novamente oxigenado. Esse entra-e-sai dá certo graças a um conjunto de vasos dos mais diversos calibres – como aorta, que impressiona com seu diâmetro de até 3 centímetros, praticamente o mesmo de uma banana-ouro. Há ainda as válvulas que regulam a passagem sanguínea.
RITMO ACELERADO.
O curioso é que, ao contrario de outros órgãos, o coração não depende totalmente das ordens cerebrais para trabalhar. Pode bater isolado, até fora do peito. Mas sofre, sim, influência do sistema nervoso autônomo, que envia mensagens para ele não sair do compasso adequado. Um grande susto, por exemplo, pode fazê-lo disparar. É a famosa taquicardia, que em principio só aparece para nos preparar para o perigo. É como se a ordem do cérebro fosse: pegue o touro ou fuja dele, só não fique ai parado! E, como os músculos precisam de muito oxigênio para botar as pernas para correr, só há uma saída: acelerar o coração.
A palpitação nada mais é do que o resultado de um jorro de substancia, as catecolaminas, grupo do qual fazem parte as famosas adrenalina e noradrenalina – já ouviu falar delas? E ambas talvez sejam a chave para entender o porquê de o coração simbolizar o receptáculo dos sentimentos humanos.
Quando deparamos com alguém muito querido ou vivemos um momento muito desejado, há liberação de catecolaminas. Elas não só provocam a palpitação, como fazem suar as mãos. Para completar, causam aquele frio na barriga. Quer melhor descrição do que essa para a paixão? Por outro lado, existem mesmo pessoas com um “coração de pedra”, cujo peito parece estar alheio à atividade da noradrenalina e da adrenalina.
Foi essa intima relação com as pessoas que fez o músculo cardíaco chamar a atenção do homem há milhares de anos. Relatos dão conta de uma figura encontrada na Índia e datada de 6 mil anos que retrata uma mulher com o coração transpassado por uma flecha.
Seria a deusa do amor. O cupido da mitologia grega antiga também mira... o coração!
Na Idade Média, o que predomina é o elo do músculo cardíaco com o sentimento da fé. Não faltam imagens do coração de Cristo envolto em espinhos para representar seu imenso sofrimento e o de Maria – a pureza – circundado de rosas.
No século XIX o artista norueguês Edvard Munch (1863 – 1944) pintou A Separação. A tela mostra a angustia de um homem depois de perder sua amada, com o sangue inundando o peito e criando uma dolorosa imagem da distancia. Mas, para mim, essa figura também representa muito bem a angina, a dor que precede o infarto, quando o músculo cardíaco reclama por falta de oxigênio. Pode ser ou não fatal. Faz mais de 17 milhões de vítimas ao redor do mundo todos os anos. Não precisava ser assim!
As emoções ditam o ritmo do coração.
 Sustos, alegrias e paixões aceleram
seu batimento.

FONTE: saúde! é vital

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