sexta-feira, 3 de junho de 2011

FATORES DE RISCO.

Antes de mais nada, entenda o que faz o coração sofrer.
Não é o coração que mata. O que leva à morte é a displicência que pode ser traduzida como tabagismo, estresse e sedentarismo.
São esses alguns dos célebres fatores de risco que maltratam o peito – quer dizer, os vasos do sistema cardiovascular. A lista de ameaças se completa com o avanço da idade, o excesso de colesterol ruim e de triglicérides, a hipertensão, o diabete e nomes menos conhecidos, como a proteína C-reativa e a homocisteína. Você pode intervir em muitos desses fatores.
Só o fato de perder uns quilos, por exemplo, já ajuda a baixar a pressão e o colesterol. Claro, existem também fatores de risco imutáveis. A idade é um deles, já que não dá para perder tempo. É preciso entender tudo o que envolve o seu coração para repensar seus hábitos e aderir a uma dieta.
A idéia é apontar quais fatores de risco você pode reverter e quais são os não modificáveis, como os médicos dizem por ai.

Fatores de risco não modificáveis.
ü Idade
ü Sexo
ü Historia familiar.
Você talvez esteja se perguntando como o passar do tempo interfere na saúde do coração. A resposta esta relacionada ao endurecimento das artérias. Como os anos, elas tendem a se enrijecer e daí o coração tem que se esforçar mais para bombear o sangue. Por isso, a sugestão é prestar ainda mais atenção no peito conforme a idade avança.
As mulheres devem redobrar os cuidados, especialmente quando entram na menopausa, fase em que seus ovários interrompem a produção de hormônios femininos – inclusive o estrógeno, que entre outras coisas ajuda a equilibrar as gorduras do sangue. Quer dizer, a partir daí o coração se encontra, de certa maneira, mais fragilizado diante de tudo.
Finalmente temos de considerar a genética. É por causa dela que os médicos fazem um verdadeiro interrogatório na primeira consulta. Como detetives, investigam o passado da família. Ora, se os pais são ou foram hipertensos, há grande chances de o filho também ter pressão alta. Se a mãe infartou com menos de 65 anos e o pai, com menos de 55, isso significa uma boa probabilidade de a historia de doenças cardiovasculares se repetir. E daí por diante.
Fatores de risco modificáveis:
ü Hipertensão
ü Tabagismo
ü Obesidade
ü Estresse
ü Diabete
ü Sedentarismo
ü Excesso de colesterol ruim (LDL)
ü Colesterol bom reduzido (HDL)
ü Homocisteína
ü Proteína C-reativa
ü Excesso de triglicérides
Algumas ameaças são velhas conhecidas – afinal, quem nunca ouviu que o cigarro faz mal? Outras começam a cair na boca do povo só agora, como é o caso da proteína C-reativa e da homocisteína. Não importa: todos esses fatores tem duas coisas em comum. Em primeiro lugar, lesionam os vasos sanguíneos. Em segundo, poderiam ser evitados.
É difícil mensurar os estragos que são capazes de ser constante e ponto. E ai muitas vezes tamanho não é documento, porque pode bastar uma discretíssima obstrução nas artérias que irrigam o coração – as coronárias para o músculo se ressentir de um déficit de oxigênio. A reação, no mínimo, será a angustiante dor da angina, que aperta o peito e se irradia pelo braço esquerdo. Há quem diga que seja uma das piores sensações de que se tem noticia.
A origem de qualquer problema desse tipo esta sempre nas paredes de um vaso pequeninos, sua estrutura será a mesma, com paredes compostas de diversas camadas. Uma delas merece destaque. Eu me refiro ao endotélio, um delicado tapete de células que reveste o interior dos vasos. É ali que são produzidas substancias capazes de regular o diâmetro desses tubos por onde passa o sangue, determinando sua contração e sua expansão.
A pressão arterial elevada e o tabagismo interfere nas células do endotélio. Então, porções de colesterol e de outras partículas circulando por ali podem emperrar, acumulando-se. Forma-se uma placa que nós chamamos de ateroma. E ela, por sua vez, está por atrás do infarto.
NOVATAS NA LISTA.
Outro estopim dessas encrencas seria a tal proteína C-reativa, uma substancia produzida no nosso próprio organismo e que está envolvido em inflamações. Existem cada vez mais evidencias de que pessoas com altas taxas dessa molécula, quando não tem uma doença inflamatória, são fortes candidatas a males cardiovasculares. Ou seja, de alguma maneira ela favorecida a formação das placas. Já a homocisteína é um aminoácido que não participa da formação das proteínas do nosso corpo e está relacionado com a deficiência de algumas vitaminas, como acido fólico e a B12. Também já despertou muitas suspeitas, embora os estudos a seu respeito não sejam concluídos. Vale, é claro, ficar de olho nisso.
De qualquer maneira, todos esses fatores modificáveis são aqueles que você pode prevenir ou controlar. E é bom conhecê-los mais profundamente para agir em nome da sua saúde.

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