O Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinam um acordo para a produção nacional de uma
vacina tetraviral que imunizará as crianças também contra catapora.
A partir de agosto de 2013, a dose estará disponível nos postos do Sistema Único de Saúde (SUS) e substituirá a tríplice viral, que já protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Portanto, uma única aplicação da nova vacina vai abranger essas quatro doenças.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, vão firmar uma parceria de transferência de tecnologia do laboratório privado GlaxoSmithKline (GSK) para o laboratório público Bio-Manguinhos, da Fiocruz.
A catapora não é uma doença grave, mas precisa de algumas recomendações médicas, como repouso, isolamento e cuidados para que as bolhas que surgirem na pele não infeccionem. As complicações mais comuns são causadas por infecções secundárias, ou seja, feridas que servem como porta de entrada para bactérias capazes de diminuir as defesas e provocar até uma pneumonia, por exemplo.
O vírus da catapora, também conhecida como varicela, é transmitido pela respiração. Com a baixa umidade, esse micro-organismo fica por mais tempo suspenso no ar e o contágio de pessoa para pessoa ocorre mais rapidamente.
Lesões típicas da catapora.
A catapora, ou varicela, é uma doença viral, causada pelo Herpesvirus varicellae,
e que se manifesta com maior frequência em crianças. Na maioria das
vezes, apresenta-se de forma benigna e as pessoas acometidas tendem a
apresentar cansaço, dor de cabeça, febre e perda de apetite.
O mais característico, no entanto, é o surgimento de pequenas feridas
de cor avermelhada e número variável, que costumam se manifestar no
tronco, rosto, membros e, em alguns casos, nas mucosas. Logo, essas
lesões evoluem para bolhas com líquido e, em cerca de cinco dias,
começam a cicatrizar. Como aparecem em grupos, em uma mesma pessoa
acometida, tais lesões são visíveis, apresentando-se em diferentes
estágios.
A transmissão se dá por meio de gotículas ou secreções nasais contendo o
vírus, mesmo que os sintomas ainda não tenham surgido. Além disso, a
secreção das feridas também é contaminante, até mesmo quando já formaram
as “casquinhas”. Há, também, a possibilidade de transmissão de mãe para
filho, durante a gestação.
Gestantes, recém-nascidos e pessoas nas quais a imunidade se encontra
comprometida, devem receber cuidados especiais, já que a doença, nesses
casos, pode evoluir para quadros mais graves, como pneumonia, edema,
infecção de ouvido, herpes-zóster (erupção cutânea bastante dolorosa) e
síndrome de Reye (doença grave, de rápida progressão e muitas vezes
fatal, que compromete o fígado e o sistema nervoso). Além disso, todos
os pacientes devem evitar tocar ou coçar as feridas, já que tais atos
podem provocar infecções bacterianas, causando complicações e aumentando
a probabilidade de a pele ficar manchada.
Quanto ao diagnóstico e tratamento, devem ser feitos sob orientação
médica, sendo que esse último se foca no controle dos sintomas e
prevenção de complicações, já que não existem medidas que provoquem a
expulsão do vírus do organismo. Em hipótese alguma a pessoa deve se
automedicar, principalmente se se tratar de salicilatos, como a
aspirina, já que este ato pode provocar a síndrome de Reye. Não há
comprovação científica acerca da eficácia do permanganato de potássio.
Em razão do seu alto grau de transmissibilidade, é importante que os
pacientes permaneçam em casa, de repouso, por pelo menos uma semana,
para evitar que outras pessoas sejam afetadas. Introduzida no ano de
1995, outra medida eficaz para a prevenção da catapora, ou de
manifestações mais severas, é a vacina. No caso de pessoas
imunocomprometidas, e que tiveram contato com o vírus, deve ser avaliada
a possibilidade da imunização através do uso de globulinas.
Vale lembrar que pessoas que já contraíram esse vírus se tornam imunes a
essa doença. Entretanto, por permanecer, de forma latente, no
organismo, o H. varicellae pode provocar a manifestação da herpes-zósterFonte: - Brasil escola.
- bem estar.