sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Catapora.

O Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinam um acordo para a produção nacional de uma vacina tetraviral que imunizará as crianças também contra catapora.

A partir de agosto de 2013, a dose estará disponível nos postos do Sistema Único de Saúde (SUS) e substituirá a tríplice viral, que já protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Portanto, uma única aplicação da nova vacina vai abranger essas quatro doenças.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, vão firmar uma parceria de transferência de tecnologia do laboratório privado GlaxoSmithKline (GSK) para o laboratório público Bio-Manguinhos, da Fiocruz.
A catapora não é uma doença grave, mas precisa de algumas recomendações médicas, como repouso, isolamento e cuidados para que as bolhas que surgirem na pele não infeccionem. As complicações mais comuns são causadas por infecções secundárias, ou seja, feridas que servem como porta de entrada para bactérias capazes de diminuir as defesas e provocar até uma pneumonia, por exemplo.
O vírus da catapora, também conhecida como varicela, é transmitido pela respiração. Com a baixa umidade, esse micro-organismo fica por mais tempo suspenso no ar e o contágio de pessoa para pessoa ocorre mais rapidamente.


Lesões típicas da catapora.
A catapora, ou varicela, é uma doença viral, causada pelo Herpesvirus varicellae, e que se manifesta com maior frequência em crianças. Na maioria das vezes, apresenta-se de forma benigna e as pessoas acometidas tendem a apresentar cansaço, dor de cabeça, febre e perda de apetite.
O mais característico, no entanto, é o surgimento de pequenas feridas de cor avermelhada e número variável, que costumam se manifestar no tronco, rosto, membros e, em alguns casos, nas mucosas. Logo, essas lesões evoluem para bolhas com líquido e, em cerca de cinco dias, começam a cicatrizar. Como aparecem em grupos, em uma mesma pessoa acometida, tais lesões são visíveis, apresentando-se em diferentes estágios.
A transmissão se dá por meio de gotículas ou secreções nasais contendo o vírus, mesmo que os sintomas ainda não tenham surgido. Além disso, a secreção das feridas também é contaminante, até mesmo quando já formaram as “casquinhas”. Há, também, a possibilidade de transmissão de mãe para filho, durante a gestação.
Gestantes, recém-nascidos e pessoas nas quais a imunidade se encontra comprometida, devem receber cuidados especiais, já que a doença, nesses casos, pode evoluir para quadros mais graves, como pneumonia, edema, infecção de ouvido, herpes-zóster (erupção cutânea bastante dolorosa) e síndrome de Reye (doença grave, de rápida progressão e muitas vezes fatal, que compromete o fígado e o sistema nervoso). Além disso, todos os pacientes devem evitar tocar ou coçar as feridas, já que tais atos podem provocar infecções bacterianas, causando complicações e aumentando a probabilidade de a pele ficar manchada.
Quanto ao diagnóstico e tratamento, devem ser feitos sob orientação médica, sendo que esse último se foca no controle dos sintomas e prevenção de complicações, já que não existem medidas que provoquem a expulsão do vírus do organismo. Em hipótese alguma a pessoa deve se automedicar, principalmente se se tratar de salicilatos, como a aspirina, já que este ato pode provocar a síndrome de Reye. Não há comprovação científica acerca da eficácia do permanganato de potássio.
Em razão do seu alto grau de transmissibilidade, é importante que os pacientes permaneçam em casa, de repouso, por pelo menos uma semana, para evitar que outras pessoas sejam afetadas. Introduzida no ano de 1995, outra medida eficaz para a prevenção da catapora, ou de manifestações mais severas, é a vacina. No caso de pessoas imunocomprometidas, e que tiveram contato com o vírus, deve ser avaliada a possibilidade da imunização através do uso de globulinas.
Vale lembrar que pessoas que já contraíram esse vírus se tornam imunes a essa doença. Entretanto, por permanecer, de forma latente, no organismo, o H. varicellae pode provocar a manifestação da herpes-zóster
Fonte:  - Brasil escola.
            - bem estar.